Yevgeny Prigozhin propôs no mês de janeiro fornecer as informações à Direção dos Serviços Secretos Militares da Ucrânia.
O Kremlin considerou boatos notícias segundo as quais o patrão do grupo Wagner terá, de acordo com o jornal Washington Post, querido fornecer a Kiev informações sobre a posição das tropas russas em Bakhmut, leste da Ucrânia.
"Parece outro boato. Infelizmente, nos últimos anos, inclusivamente as publicações geralmente respeitadas não fogem a esta prática", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, numa conferência de imprensa em Moscovo.
De acordo com o jornal norte-americano Washington Post que cita alegados documentos dos serviços de informações dos Estados Unidos, o empresário Yevgeny Prigozhin propôs no passado mês de janeiro fornecer as informações à Direção dos Serviços Secretos Militares da Ucrânia (GUR).
Segundo o jornal, o oligarca russo, patrão da empresa de mercenários Wagner terá proposto informar sobre a posição das forças regulares russas em Bakhmut por causa das numerosas baixas que os combatentes contratados estavam a sofrer na cidade ucraniana.
Yevgueni Prigozhin pretendia supostamente negociar a retirada dos mercenários da empresa Wagner que combatem a soldo de Moscovo no leste da Ucrânia.
O jornal refere ainda que não se trata da primeira vez que Progozhin terá mantido "comunicações secretas" com os serviços de informações das forças ucranianas desde o início da invasão de fevereiro de 2022.
Os documentos citados pelo Washington Post não esclarecem sobre as posições que o oligarca russo terá alegadamente tentado revelar.
A mesma notícia, que cita um funcionário ucraniano, indica que não foi a primeira vez que se verificou uma oferta deste tipo e que, tal como em ocasiões anteriores, foi rejeitada pela Ucrânia por receio de se tratar de uma "informação falsa".
Ultimamente Progozhin tem publicamente denunciado e criticado Moscovo pela falta de abastecimento de armas e munições aos combatentes contratados em Bakhmut.
Na sexta-feira passada, o oligarca voltou a acusar o Ministério da Defesa da Rússia de mentir sobre a campanha militar na Ucrânia.
Na mesma mensagem, difundida através das redes sociais, o patrão do grupo Wagner afirmava que as forças ucranianas se tinham aproximado até 500 metros das linhas russas porque as tropas regulares de Moscovo se tinham retirado das posições que mantinham desde o verão do ano passado.
As informações sobre a situação no terreno ainda não foram verificadas por entidades independentes.
Esta segunda-feira de manhã, o Exército ucraniano reclamou ter alcançado "um primeiro êxito" na ofensiva em Bakhmut.
"O avanço das tropas na zona de Bakhmut é o primeiro êxito da ofensiva" que visa a defesa da cidade que as forças russas tentam tomar desde o verão do ano passado, disse o comandante das tropas terrestres ucranianas, Oleksandr Syrsky.
A declaração de Syrsky foi difundida pelo Ministério da Defesa da Ucrânia.
As informações sobre o suposto Êxito na campanha ucraniana também não foram verificadas por fontes independentes.
Anteriormente, a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Malyar afirmava que as tropas de Kiev estão "há vários dias a avançar" em direção a Bakhmut.
"Os duros combates continuam. A defesa de Bakhmut continua", disse Malyar através de uma mensagem no sistema digital Telegram.
As forças russas continuam a afirmar o controlo da "maior parte da cidade" mas, durante o fim de semana passado, as tropas ucranianas reclamaram a reconquista de 17 quilómetros quadrados na zona de Bakhmut.
As informações difundidas esta segunda-feira por Kiev sobre a situação militar em Bakhmut ocorrem na mesma altura em que o chefe de Estado ucraniano anunciou através da rede social Twitter que vai reunir-se em Londres com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, após a deslocação a Roma, Berlim e Paris.
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