Crime aconteceu na cidade de Niterói, no Brasil.
Zilda Henrique dos Santos Leandro, conhecida como Néia, de 31 anos, foi assassinada a sangue-frio e à queima-roupa numa rua da cidade de Niterói, vizinha ao Rio de Janeiro, por um homem a quem simplesmente pediu uma moeda de um real (equivalente a 0,21 cêntimos). A irmã da vítima, que pediu para não ser identificada por medo de sofrer represálias, contou que Néia estava com fome e queria comprar um pão, e por isso pediu ao homem apenas a moeda de que precisava para esse fim.
"A minha irmã só pediu um real para comprar um pão. Ele (o agressor) não gostou e disse que lhe dava era um tiro. A minha irmã também não gostou e foi atrás dele, dizendo que duvidava que ele dísparasse. Foi quando ele tirou a arma e atirou", contou a irmã de Néia a agentes da autoridade, ao depor na Divisão de Homicídios de Niterói, completando: "A minha irmã tinha casa, mas preferia ficar na rua. Nós ficávamos preocupados, mas nunca imaginámos que uma coisa assim pudesse acontecer. A nossa família está arrasada".
O crime aconteceu no passado sábado, mas só esta quarta-feira foi conhecido, quando as imagens da execução começaram a circular na Internet, chegando às emissoras de televisão. O assassínio teve uma repercussão muito grande no Brasil, principalmente pela futilidade do motivo e pela frieza e desprezo pela vida humana demonstradas pelo atirador, identificado pela polícia como Adalberto Ramos de Castro.
As imagens mostram Adalberto a caminhar perto de uma praça no centro de Niterói e, no sentido contrário, Néia a aproximar-se, a falar com ele e a gesticular. Quando passa por Néia, Adalberto diz alguma coisa, desvia-se dela e continua a andar.
Néia vai atrás dele e, de repente, Adalberto tira uma arma da cintura, dispara pelo menos duas vezes à queima-roupa contra a sem-abrigo e volta a caminhar, sem mostrar pressa mas com a arma na mão, olhando para trás enquanto se afasta da vítima. Néia fica estendida na estrada, gravemente ferida, enquanto outras pessoas que estavam no local tentaram desesperadamente (mas em vão) fazer parar um dos muitos carros que passam, para a socorrer.
Só quando a ambulância chegou é que Néia foi levada para um hospital local, O Hospital Estadual Azevedo Lima, mas era tarde de mais. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois.
Através de imagens das câmaras de videovigilância do próprio município, a polícia conseguiu identificar Adalberto, que a irmã de Néia pensava ser segurança no centro de Niterói mas que, na verdade, é dono de um comércio na mesma localidade do crime. O homem foi preso e à polícia afirmou ter agido em legítima defesa, disparando para se salvar de um assalto, e que com o nervosismo do momento nem percebeu se Néia era um homem ou uma mulher.
Bruno Reis, no entanto, o inspetor da polícia de Niterói que comanda as investigações, rejeita completamente essa versão para a morte de Néia. Segundo o mesmo, as imagens e os muitos testemunhos já colhidos tornam a versão de legítima defesa absolutamente fantasiosa e Adalberto vai ter de responder por homicídio qualificado.
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