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Multimilionário Epstein nega acusações de criar rede de abusos de menores

Norte-americano condenado no passado por ter procurado prostitutas menores afirmou estar inocente de todas as novas acusações.

08 de julho de 2019 às 20:58

O multimilionário norte-americano Jeffrey Epstein foi detido no sábado por suspeitas de ter estado envolvido com tráfico sexual de menores e extorsão. Esta segunda-feira, em tribunal, negou qualquer acusações relacionadas com tráfico ou de estar na posse de fotografias de raparigas menores. Epstein foi detido na noite de sábado no aeroporto de Teterboro, em Nova Jérsia.

De acordo com a procuradoria norte-americana, os crimes de que Epstein, de 66 anos, é acusado terão ocorrido entre 2002 e 2005. Segundo o mandato, o multimilionário terá levado menores para a sua mansão em Palm Beach, na Flórida. Nessa propriedade terá tido relações sexuais com as menores. Mas os crimes não se terão circunscrito ao estado da Flórida. Há suspeitas de que tenha tido o mesmo comportamento em Nova Iorque, Novo México e na ilha privada que tem nas Caraíbas.

Epstein "explorou sexualmente e abusou de dezenas de menores nas suas casas em Manhattan, Nova Iorque e Palm Beach, na Florida, entre outros lugares, durante vários anos", segundo a acusação, que alega que após cometer os atos, o milionário pagava às vítimas "centenas de dólares". Além disso, Epstein é acusado de "criar uma ampla rede de vítimas menores de idade para explorá-las sexualmente", uma vez que pagava a algumas delas para recrutar outras crianças que seriam vítimas de abusos semelhantes.

William F. Sweeney, do FBI, disse esta segunda-feira que as raparigas eram recrutadas por funcionários do empresário e, algumas vezes, por outras vítimas de abuso.

Epstein confirmou, este sábado em tribunal, o que o advogado já tinha dito que o magnata ia fazer: negar todas e quaisquer acusações e declarar-se como inocente. 

O multimilionário já tinha sido acusado de abusar de dezenas de raparigas menores e de tráfico sexual em 2008 e estava registado como um alegado agressor sexual. Nessa altura declarou-se como culpado de procurar menores para prostituição, com o fim de reduzir as acusações, através de um acordo que lhe permitiu evitar a prisão perpétua. Cumpriu apenas 13 meses de prisão numa ala privada da prisão de Palm Beach County. 

Em fevereiro deste ano, o caso sofreu uma reviravolta depois de um juiz da Florida determinar que a Procuradoria violou a lei, ocultando o acordo, que afetou mais de 30 mulheres que denunciaram ter sofrido abuso sexual quando eram menores de idade.

Durante anos, Epstein foi amigo de Donald Trump, o presidente dos EUA, e do ex-presidente Bill Clinton.

Epstein fundou em 1982 a empresa de finanças J. Epstein & Co, cujo nome alterou depois para Financial Trust Company.

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