"Não tenho a mínima dúvida de que é perseguição", afirmou o antigo presidente do Brasil.
'O objetivo é a suprema humilhação', diz Bolsonaro após buscas da Polícia Federal
AP
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que a operação de busca e apreensão de que foi alvo tem como objectivo a sua “suprema humilhação”. Bolsonaro fez a declaração ao sair da sede da Polícia Federal em Brasília, depois de ter sido obrigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a colocar uma pulseira electrónica para passar a ter os seus passos monitorizados.
"Não há provas de nada. Nada me coloca num plano golpista, é uma suprema humilhação", declarou o antigo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
"Quando se fala em algo criminal tem de se ter algo em concreto", disse. "Não tenho a mínima dúvida de que é perseguição", afirmou o antigo presidente do Brasil.
Numa colectiva de imprensa improvisada ao deixar a sede policial, Jair Bolsonaro negou por várias vezes estar a planear fugir do Brasil ou pedir asilo político em uma embaixada estrangeira em Brasília, um dos fundamentos para a operação desencadeada ao amanhecer desta sexta-feira pela Polícia Federal por ordem do juiz Alexandre de Moraes, relator dos processos contra ele no STF. Bolsonaro lembrou que fugir do Brasil é extremamente fácil, dadas as inúmeras e extensas fronteiras do país com nações vizinhas, mas que em nenhum momento pensou fazer isso, ao contrário do que Moraes alega.
Para o antigo presidente, o objectivo da operação desta sexta-feira, a quarta de que foi alvo desde 2023, é claramente humilhá-lo publicamente, obrigando-o a usar uma pulseira eletrónica, proibindo-o de sair de casa e até de conversar com um dos filhos, Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde Fevereiro. E acusou o actual governo, comandado por Lula da Silva, de ser alienado e estar isolado do mundo, recusando-se a negociar com Donald Trump as tarifas anunciadas contra o Brasil pelo norte-americano na semana passada e das quais estão agora a tentar responsabilizá-lo.
A operação da Polícia Federal foi desencadeada esta sexta-feira na residência e no escritório de Jair Bolsonaro em Brasília no âmbito de uma nova investigação contra ele, por alegada tentativa de coacção, obstrução de justiça e ataques à soberania nacional. Alexandre de Moraes, que já comanda o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, instaurou esse novo processo contra o antigo governante e um dos filhos, Eduardo Bolsonaro, por este ter ido para os EUA para pressionar o governo e o Congresso norte-americanos a impor sanções ao STF em retaliação aos processos contra o antigo governante.
Na decisão que decretou a operação desta sexta-feira contra Bolsonaro, Alexandre de Moraes também decretou o uso de pulseira electrónica, proibiu-o de usar redes sociais, de falar com o filho Eduardo e de conversar com diplomatas de qualquer país ou aproximar-se fisicamente de qualquer embaixada. Moraes ainda determinou o recolhimento de Jair Bolsonaro em casa durante a semana entre as 19 horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte, e durante os fins de semana.
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