Caso a paralisação ('shutdown') não termine até quarta-feira, será a mais longa da história dos Estados Unidos.
Senadores norte-americanos dos partidos republicano e democrata estão a negociar discretamente um acordo para retomar o financiamento ao governo federal, cuja paralisação está prestes a tornar-se a mais longa da história.
Uma votação de teste esta terça-feira no Senado falhou novamente, com os democratas a rejeitarem o projeto de lei de financiamento temporário do governo apresentado pelos republicanos antes da paralisação, a 01 de outubro.
"Não estamos a pedir nada de radical", disse o líder democrata no Senado, Chuck Schumer. "Reduzir os custos de saúde das pessoas é a definição de bom senso".
Segundo a AP, os líderes democratas e republicanos incumbiram das negociações um grupo informal de negociadores centristas de ambos os partidos, que têm trabalhado discretamente para encontrar uma forma de pôr fim ao impasse.
A mesma fonte adianta que os senadores de ambos os partidos, particularmente os influentes membros da Comissão do Orçamento, estão a pressionar para garantir que o processo normal de financiamento do governo possa ser retomado.
Entre os que trabalham nos bastidores estão os senadores republicanos Susan Collins e Mike Rounds, juntamente com vários democratas, como os senadores Chris Coons, Jeanne Shaheen e Maggie Hassan.
"O ritmo das negociações aumentou", disse o senador Gary Peters, democrata do Michigan, que também tem participado nas conversações.
Entre os objetivos está o de garantir votações futuras sobre um pacote mais pequeno de projetos de lei, para os quais já existe um amplo consenso bipartidário, incluindo para financiar programas agrícolas e projetos de construção em bases militares.
Um número considerável de senadores também quer uma solução para o impasse sobre o financiamento dos subsídios da Lei de Acesso à Saúde (Affordable Care Act ou Obamacare), que expiram no final do ano, mas tal está longe de reunir acordo.
A Casa Branca rejeita negociações sobre os cuidados de saúde antes de os democratas votarem a favor do financiamento governamental.
Mas senadores influentes desconfiam das promessas da Casa Branca sobre negociações, caso do independente Bernie Sanders, que afirmou esta terça-feira que o Presidente Donald Trump "é um rufia de escola".
"Qualquer pessoa que pense que render-se a ele agora levará a melhores resultados e cooperação no futuro não compreende como opera um demagogo sedento de poder", disse Sanders.
Os democratas e alguns republicanos também estão a pressionar por mecanismos de salvaguarda para impedir a prática da administração Trump de cortar unilateralmente verbas para programas que o Congresso já tinha aprovado.
Caso a paralisação ('shutdown') não termine até quarta-feira, será a mais longa da história dos Estados Unidos, com o recorde atual a pertencer a outra durante o primeiro mandato de Trump, em 2019, que durou 35 dias.
Dentro e fora do Capitólio, tem vindo a aumentar a pressão para o fim da paralisação, incluindo de sindicatos, face à suspensão ou falta de pagamento a centenas de milhares de funcionários federais, cancelamento de voos em aeroportos e, desde os últimos dias, interrupção do Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP) para 42 milhões de norte-americanos de baixos rendimentos.
Trump afirmou esta terça-feira que não vai autorizar o pagamento do subsídio de ajuda alimentar SNAP até que os democratas aprovem a proposta republicana de financiamento do Estado.
Esta ameaça de Trump surge um dia depois do anúncio de que a administração republicana iria utilizar um fundo de emergência para financiar metade dos subsídios alimentares de que depende cerca de 12% da população norte-americana e que estão congelados desde sábado.
As eleições marcadas para esta terça-feira, com disputas para governador na Virgínia e em Nova Jérsia, além da eleição para presidente da câmara em Nova Iorque, mostrarão as atuais atitudes dos eleitores, um momento de avaliação política que poderá ter reflexo nas negociações em curso.
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