Terror que tomou conta de vários bairros só começou a diminuir com reforço de unidades enviadas pelos município.
Imagens de satélite mostram o antes e o depois das cheias no Brasil
A notícia falsa do rompimento de um dique de contenção de águas de um rio levou ao pânico os moradores de Canoas, cidade de 348 mil habitantes no estado brasileiro do Rio Grande do Sul, já parcialmente submersa pelas maiores cheias da sua história desde o início do mês, e provocou a fuga desesperada de parte deles sem qualquer necessidade.A notícia falsa sobre o colapso do dique e a iminente avalanche de água que iria aumentar a cheia foi divulgada por militares da 14. Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, destacados para ações humanitárias na cidade.
Ao início da noite de domingo, soldados começaram a percorrer vários bairros de Canoas, uma das cidades mais atingidas pela maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul, que já matou pelo menos 169 pessoas e deixou 650 mil desalojadas em 469 municípios, e ordenaram a remoção imediata de moradores, principalmente no bairro Matias Velho, que já tem quase todas as ruas debaixo de água e que, segundo os militares, iria ser atingido em cheio por uma quantidade tão grande de água proveniente do dique que cobriria tudo.Pessoas que mesmo com as ruas inundadas e água das cheias dentro dos andares térreos tinham decidido voltar para suas casas nos últimos dias e permanecer nos andares superiores, até para evitar que elas fossem alvo dos assaltos que ocorrem por todas as cidades atingidas, fugiram da forma que deu, completamente apavoradas e tentando pelo menos salvar as suas vidas.
O pânico que tomou conta de vários bairros só começou a diminuir quando as autoridades municipais começaram elas também a enviar equipas para percorrerem essas regiões e desmentirem o alerta propagado pelo Exército, usando igualmente as redes sociais para tentar acalmar a população.Mas muitos moradores já tinham fugido e, sem saber em quem acreditar, tinham optado por voltar para abrigos improvisados ou passar a noite dentro de carros em locais mais secos, ou em casas de familiares e amigos.
Esta segunda-feira, o Exército emitiu um pedido formal de desculpas aos moradores vítimas das fake news propagada pelos seus militares, e anunciou ter afastado de funções os responsáveis pelo que classificou como um grave erro de procedimento, ao espalhar o alerta de uma tragédia ainda maior sem antes confirmar se o dique realmente tinha colapsado.Vai ser aberta uma investigação no âmbito militar, mas também por parte da polícia, pois esta segunda-feira começaram a circular rumores de que a acção dos militares pode não ter sido um mero erro de procedimento, uma precipitação, e sim uma ação intencional articulada por forças ligadas à extrema-direita, muito forte na região, para aumentar o pânico entre a população com fins políticos.
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