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Novas gravações comprometem Temer

Procurador-geral diz que Temer cometeu três crimes, entre eles obstrução da Justiça.

20 de maio de 2017 às 01:30

Gravações tornadas públicas ontem pelo Supremo Tribunal agravaram a delicada situação do presidente brasileiro, Michel Temer, que na quinta-feira quase renunciou. Os novos áudios confirmaram denúncias de conivência de Temer com crimes praticados pelo empresário Joesley Batista, que fez as gravações.

Na conversa, gravada no palácio presidencial em março, Temer avaliza Joesley a subornar o ex-deputado Eduardo Cunha, preso por corrupção, para não divulgar informações que incriminariam o presidente. Para a Procuradoria-Geral da República isso é obstrução à Justiça, crime punível com a perda do mandato.

Nos trechos divulgados ontem, Joesley diz que suborna juízes e promotores e queixa-se a Temer de alguns ministros. Temer aprova e autoriza o empresário a usar o seu nome para pressionar ministros.

Para Rodrigo Janot, procurador-geral da República, Temer terá praticado três crimes: obstrução da Justiça, corrupção passiva e organização criminosa.

As gravações de Joesley, que colabora com a Justiça após ser acusado de corrupção e ter a sua empresa, a JBS, líder mundial na produção de carnes, alvo de processos, levaram o Supremo a autorizar a investigação e abriram nova crise política no Brasil.

O Congresso está parado, partidos aliados abandonaram o governo e Temer enfrenta oito pedidos de destituição no parlamento e manifestações diárias a pedir a sua renúncia.

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