page view

Novas sanções dos EUA e Reino Unido contra Houthis incluem vice-comandante iraniano

Governo norte-americano esclareceu que esta ação demonstra a sua "determinação em combater os esforços da Força Quds e dos Houthis para escapar às sanções dos Estado Unidos".

27 de fevereiro de 2024 às 17:22

As autoridades norte-americanas e britânicas sancionaram esta terça-feira várias pessoas e entidades ligadas Houthi, incluindo o vice-comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária do Irão e uma empresa iraniana relacionada com o financiamento dos rebeldes iemenitas.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, em cooperação com o Governo britânico, tomou medidas contra o vice-comandante da Força Quds, Mohammad Reza Falahzadeh, bem como contra Ibrahim al-Nashiri, um membro dos Huthis que tem fornecido "apoio militar significativo" ao grupo iemenita, segundo informaram esta terça-feira as autoridades dos dois países.

Várias unidades da Força Quds foram afetadas pelas novas sanções, que atingem igualmente a empresa Artura, que é associada à companhia Cap Tees Shipping, com sede em Hong Kong, e está supostamente envolvida na transferência de mercadorias para posterior venda aos rebeldes Huthi e à Guarda Revolucionária Iraniana.

Mohammad Reza Falahzadeh e Al-Nashiri são indicados nas sanções pelo seu papel direto ou indireto em nome dos Houthis, de acordo com o comunicado, para ditar o grupo iemenita de meios.

"As receitas geradas através destas redes ilícitas permitem atividades Houthi, incluindo numerosos ataques terroristas na região realizados com recurso a veículos aéreos não tripulados e mísseis", disse o Tesouro dos Estados Unidos.

A entidade afirma que esta medida se enquadra na "recente designação do Departamento de Estado", que incluiu os Houthis na sua lista de organizações terroristas como resultado de "ataques contínuos contra o comércio marítimo internacional no Mar Vermelho e no Golfo de Aden".

Neste sentido, o Governo norte-americano esclareceu que esta ação demonstra a sua "determinação em combater os esforços da Força Quds e dos Houthis para escapar às sanções dos Estado Unidos e financiar novos ataques na região".

"Enquanto os Houthis ameaçam persistentemente a segurança do comércio internacional pacífico, os Estados Unidos e o Reino Unido continuarão a perturbar os fluxos de financiamento que permitem estas atividades desestabilizadoras", disse o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian E. Nelson, citado em comunicado

O Governo britânico, por seu lado, indicou igualmente em comunicado que as sanções visam "aqueles que apoiam ou facilitam as ações dos Houthis no Médio Oriente e no Mar Vermelho". "Advertimos que não hesitaremos em agir para proteger a estabilidade regional e a segurança marítima" na área, afirmou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Cameron, destacou que os ataques dos Houthis, apoiados pelo Irão, "são inaceitáveis, ilegais e representam uma ameaça às vidas inocentes e à liberdade de navegação".

"Como já deixei claro ao ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, o regime tem total responsabilidade por estes ataques devido ao amplo apoio militar que deu aos Houthis. Todos aqueles que procuram minar a estabilidade regional devem saber que o Reino Unido, juntamente com seus aliados, não hesitarão em agir", afirmou.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8