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Novo impulso para restaurar terras em reunião de alto nível em Nova Iorque

Organização nota que os principais fatores para a degradação são os sistemas alimentares insustentáveis, e destaca que as secas aumentaram em quase um terço desde 2000.

26 de setembro de 2025 às 19:08

A Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD) quer um novo impulso político e financeiro para restaurar terras, cuja degradação já afeta 40% do planeta, foi divulgado esta sexta-feira.

Num comunicado a organização nota que os principais fatores para a degradação são os sistemas alimentares insustentáveis, e destaca que as secas aumentaram em quase um terço desde 2000.

"Poucos perigos ceifam mais vidas, causam maiores perdas económicas ou afetam mais setores da sociedade do que a seca, que causa atualmente mais de 307 mil milhões de dólares de prejuízos por ano. Se a tendência se mantiver, três em cada quatro pessoas no mundo serão afetadas até 2050, sendo os países em desenvolvimento os mais afetados", alerta a ONU.

Numa iniciativa na quinta-feira, paralela à Assembleia Geral da ONU que está a decorrer em Nova Iorque, as presidências da última conferência da ONU sobre a desertificação, no ano passado na Arábia Saudita, a COP16, e a que vai realizar-se em 2026 na Mongólia, a COP17, uniram-se para maior apoio à restauração global de terras e à resiliência à seca.

Com 40% das terras do mundo degradadas está comprometida a segurança alimentar e hídrica e também ficam comprometidos os meios de subsistência de quase metade da humanidade, avisa a ONU.

A UNCCD diz que o setor privado contribui pouco para mudar o cenário e recorda que na COP16, em Riade, os países lançaram uma parceria global que mobilizou mais de 12 mil milhões de dólares em promessas.

Osama Faqeeha, vice-Ministro do Ambiente, Água e Agricultura da Arábia Saudita, citado no comunicado, disse que é preciso garantir qe os compromissos para combater a desertificação assumidos em Riade se traduzem em ações que protejam as pessoas, as economias e os ecossistemas dos crescentes impactos da degradação da terra e da seca.

E Battsetseg Batmunkh, ministra dos Negócios Estrangeiros da Mongólia, segundo o mesmo documento, destacou a importância de acelerar a ação global contra a desertificação e a degradação dos solos, afirmando que a Mongólia vive em harmonia com a natureza e adota práticas que aumentam a produtividade e ao mesmo tempo preservam os ecossistemas.

A COP17, de Ulan Bator, acontece no Ano Internacional das Pastagens e dos Pastores, proclamado pela ONU para promover os valores das pastagens e do pastoreio saudável, essenciais para a estabilidade climática, sustentando diretamente 500 milhões de pessoas e fornecendo um sexto das necessidades nutricionais do mundo.

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