Contra-almirante Perry Onwuzulike explicou que o NSS Lana foi concebido para substituir um navio semelhante que foi desmantelado há 10 anos.
O novo navio da marinha nigeriana NSS Lana está esta quarta-feira em Portugal, onde faz escala antes de seguir a sua viagem para a Nigéria, uma embarcação que os responsáveis consideram fundamental para reforçar a segurança nas áreas marítimas da região.
Dentro do navio, um modelo OSV 190 MKII da francesa OCEA, o encarregado de negócios da embaixada da Nigéria em Portugal, Aminu Abdulhamid, disse que este foi adquirido pelo Governo nigeriano para reforçar a "segurança marítima e a vigilância das águas territoriais da Nigéria".
O contra-almirante Perry Onwuzulike explicou que o NSS Lana foi concebido para substituir um navio semelhante que foi desmantelado há 10 anos.
"A entrada desta embarcação na frota da Nigéria é o concretizar de um sonho de não apenas substituir, mas melhorar as capacidades de observação da Marinha", assinalou.
A embarcação apresenta-se como um navio de apoio e com uma forte componente científica, dispondo de "uma estação meteorológica automática, laboratórios secos e húmidos, oficinas científicas e técnicas, assim como salas de operações e de processamento de dados de pesquisa".
O NSS Lana deverá juntar-se à restante frota nigeriana em maio de 2021 e deverá desempenhar um papel não apenas na costa nigeriana, mas também no Golfo da Guiné.
"O navio servirá como um multiplicador na projeção do poder naval para a melhoria da segurança marítima em todo o Golfo da Guiné. Terá também um papel fundamental na proteção dos recursos marinhos, na preservação da lei e ordem no mar, contribuindo, assim, de forma significativa para a promoção do comércio marítimo global", acrescentou Onwuzulike.
Questionado sobre a presença no Golfo da Guiné, o contra-almirante nigeriano explicou que o NSS Lana terá um papel de apoio, sublinhando que essa é uma região que se estende por milhares de quilómetros e que necessita de um esforço coletivo.
"A luta contra a insegurança marítima no Golfo da Guiné é uma luta coletiva", disse, acrescentando que "a cooperação é chave".
O contra-almirante elogiou a cooperação com a Marinha portuguesa, com quem a Nigéria "disfruta de relações muito cordiais", recordando que Portugal forneceu navios para exercícios e participou em conferências para a segurança marítima internacional.
Com um nome que significa "pioneiro" num dialeto local nigeriano, o NSS Lana é fundamentalmente desenhado para investigação hidrográfica e oceanográfica, podendo também conduzir investigação física ou operações de busca e salvamento.
"Estamos felizes por o Governo nigeriano ter adquirido este navio", disse Abdulhamid.
"A Nigéria hoje em dia enfrenta desafios de insegurança, e governos sucessivos prestaram atenção apenas aos desafios à segurança em terra, não ao aspeto naval, portanto a aquisição desta embarcação mostra que o Presidente [Muhammadu Buhari] dá também importância à segurança das nossas fronteiras marítimas, que podem ser tão penetradas como as fronteiras terrestres", acrescentou o encarregado de negócios da embaixada nigeriana.
Abdulhamid lamentou também que, devido à covid-19, não tenha sido possível contar com a presença de nigerianos em Lisboa.
Com uma capacidade para uma tripulação de 50 pessoas, o NSS Lana, atualmente com 46 elementos, abandona Lisboa e prossegue a sua viagem até à Nigéria na quinta-feira. Com chegada prevista no dia 17 de maio, o NSS Lana deverá, antes disso, fazer escala em locais como Las Palmas, Gâmbia ou Gana, explicou o capitão AB Mahmud.
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