De vez em quando, algumas pessoas aproveitam-se da situação, das comunidades vulneráveis", afirmou o o subsecretário-geral das Nações Unidas e coordenador, Christian Saunders.
As Nações Unidas alertaram esta quarta-feira para existência de casos de exploração e abuso sexual praticados pelos colaboradores deste organismo durante a ajuda humanitária em Moçambique, indicando que se "aproveitam da situação da vulnerabilidade das comunidades".
"A maioria das pessoas que vêm e trabalham para as Nações Unidas, ou [formam] parceria com as Nações Unidas, vêm com fé. Eles trabalham muito, são muito dedicados, são muito profissionais. Mas, de vez em quando, algumas pessoas se aproveitam da situação, das comunidades vulneráveis, e cometem atos de exploração sexual e de abuso", disse o subsecretário-geral das Nações Unidas e coordenador para a melhoria da resposta sobre abuso e exploração sexual, Christian Saunders.
O responsável falava em Maputo após um encontro com a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Comunidade Moçambicana no Exterior, Maria Manso.
Para o representante da ONU, é "muito importante" que as pessoas que vêm ajudar, ao mesmo tempo, "não façam mal", referindo-se a casos de abuso e violência sexual envolvendo colaboradores desta organização que prestam assistência em Moçambique.
"Mas, quando acontece, que façamos tudo para apoiar as vítimas, para garantir que os direitos das vítimas são respeitados, que elas recebam a ajuda que elas precisam, e que aqueles que perpetuam esses atos ou comportamentos sejam cuidadosos para esse comportamento maligno", pediu Christian Saunders.
Na ocasião, o subsecretário-geral manifestou igualmente o interesse em transmitir a Moçambique a experiência da ONU na luta contra abusos e violações de pessoas em situação de vulnerabilidade, indicando que é interesse deste organismo "ver progresso" no mundo.
"Nós gostaríamos de passar essa experiência para ajudar as instituições públicas moçambicanas e as empresas privadas a também adotar essas práticas, para que nós possamos, então, conceder essa escuridão perigosa aos livros históricos", disse, avançando ainda interesse em "fortalecer" alguns programas de ajuda voltados a saúde, sem dar detalhes.
A ONU alertou também para a falta de independência económica e leis "fortes" na proteção das mulheres e jovens contra a violência, em todos os países, sugerindo "determinação de todos" para combater os casos.
"A falta de poder económico que as mulheres têm, as leis que não são fortes o suficiente para lidar com estes casos de violência sexual, incluindo também o fato de que nós ainda vivemos em sociedades patriarcais. (...) Nós podemos resolver dando as mulheres o seu lugar de direito na sociedade", acrescentou o coordenador da ONU, pedindo uma "atenção contínua" nos casos de violações já identificados para que "não continuem sendo um segredo não dito".
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