Desde outubro do ano passado, quase dois milhões de moçambicanos, sobretudo crianças e jovens, enfrentaram os impactos devastadores de ciclones e secas severas",
A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu esta segunda-feira, em Moçambique, ações concretas para o país minimizar os impactos dos eventos climáticos, quando ciclones e secas afetaram cerca de dois milhões de moçambicanos, sobretudo crianças e mulheres, desde outubro.
"Vivemos uma emergência climática e Moçambique, embora responsável por uma ínfima parcela das emissões globais, está entre os países mais afetados. Desde outubro do ano passado, quase dois milhões de moçambicanos, sobretudo crianças e jovens, enfrentaram os impactos devastadores de ciclones e secas severas", disse em Maputo a Coordenadora Residente Interina das Nações Unidas em Moçambique.
Laura Tomm-Bonde falava durante o lançamento da auscultação pública da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC 3.0), um instrumento através do qual Moçambique vai avançar com políticas a desenvolver para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e promover ações para fazer face às mudanças climáticas.
Nas suas declarações, a responsável pediu ao Governo moçambicano para "colocar as pessoas no centro" das ações na definição de políticas, visando assegurar um ambiente resiliente e sustentável e que minimizem os impactos das mudanças climáticas.
"Estes fenómenos continuam a destruir meios de subsistência, forçando deslocamentos e afetando de forma desproporcional mulheres e raparigas. Perante este cenário, o novo NDC de Moçambique representa mais do que um compromisso ambiental, trata-se de uma oportunidade estratégica para o desenvolvimento sustentável a alinhar à ação climática com os planos nacionais de desenvolvimento", disse, apontando que a mesma estratégia deve incluir a atração de investimentos para assegurar sistemas agroalimentares resilientes e empregos para mulheres afetadas ciclicamente por eventos climáticos.
"É urgente encontrar soluções inovadoras para o financiamento climático, mobilizando recursos domésticos privados e internacionais e garantindo que cada metical investido promova a resiliência e a ação climática", apelou.
Só entre dezembro e março últimos, na última época ciclónica, Moçambique foi atingido por três ciclones, incluindo o Chido, o primeiro e mais grave. Além da destruição de milhares de casas e infraestruturas, estes ciclones provocaram centenas de mortos, afetando cerca de dois milhões de pessoas.
O número de ciclones que atingem Moçambique "vem aumentando na última década", bem como a intensidade dos ventos, alerta-se no relatório do Estado do Clima em Moçambique 2024, do Instituto de Meteorologia de (Inam).
O Inam refere no documento que, apesar de o relatório fazer referência a 2024, realizou uma análise "por décadas de ciclones tropicais que atingiram Moçambique", nas épocas ciclónicas (novembro a abril) de 1981/1982 à atual, de 2024/2025.
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