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Padre acusado de convidar freiras a participar em encontro sexual da "Santíssima Trindade"

Rupnik terá pedido às duas mulheres para terem relações sexuais com ele, alegando que replicariam a relação entre Deus, Jesus e o Espírito Santo. 

20 de dezembro de 2022 às 22:16

Um padre esloveno, que alegadamente mantém uma relação de proximidade com o Papa Francisco, foi acusado de convidar duas freiras para participar num encontro sexual da "Santíssima Trindade".

Marko Ivan Rupnik, de 68 anos, foi acusado por uma antiga freira de usar o "controlo espiritual" para tentar convencê-la a práticas sexuais, há cerca de três décadas, incluindo sexo em grupo, assim como para ver filmes pornográficos. A mulher denunciou Rupnik de lhe ter pedido, juntamente com outra freira, para terem relações sexuais com ele, alegando que replicariam a relação de três vias entre Deus, Jesus e o Espírito Santo. 

Na altura das alegações, Rupnik, que é conhecido na Igreja pelo seu trabalho artístico, era diretor espiritual de um convento na Eslovénia e a antiga freira, agora com 58 anos, contou que, na altura, as queixas que apresentou contra o padre foram ignoradas. Rupnik está agora no centro de um escândalo, que envolveu os Jesuítas, uma ordem católica da qual o Papa Francisco é membro, refere o jornal britânico Daily Mail

A antiga freira deu uma entrevista explosiva ao jornal de investigação italiano Domani, este domingo: "O Padre Marko entrou no meu mundo psicológico e espiritual, explorou as minhas incertezas e fragilidades e usou a minha relação com Deus para me empurrar para experiências sexuais com ele".

A freira acusa Rupnik de ter tido relações sexuais com ela e de a ter intimidado para manter o silêncio, durante o tempo que passou no convento esloveno, entre 1987 e 1994. A mulher disse ainda acreditar que Rupnik tenha abusado de 20 mulheres.

Na entrevista, a freira detalhou anos de abuso sexual e manipulação espiritual por Rupnik e disse ter feito repetidos esforços para o entregar à Justiça, assim como membros dos Jesuítas que protegiam o padre.

"Ele deveria ter sido detido há 30 anos", disse a mulher à Domani. As alegações forçaram a ordem Jesuítas a pedir que outras vítimas apresentassem queixas contra Rupnik.

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