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Pelo menos 313 mortos devido a ciclones na última época chuvosa em Moçambique

8.914 quilómetros de estradas, 23 pontes e 78 aquedutos foram destruídos.

18 de dezembro de 2025 às 10:01

Pelo menos 313 pessoas morreram, 1.255 ficaram feridas e mais de 1,8 milhões foram afetadas pelos ciclones Chido, Dikeledi e Jude, que atingiram Moçambique na época chuvosa 2024-2025, anunciou esta quinta-feira o Presidente da República.

Segundo Daniel Chapo, os três ciclones deixaram um "rastro de destruição humana e material" ao afetar um total de 1.838.235 pessoas, além de destruir total e parcialmente 414 mil casas e inundar outras 12.853.

"Tivemos 207 hospitais, 1.822 escolas e 5.969 salas de aulas danificadas", acrescentou o chefe de Estado, no parlamento, apontando também para mais de 1,2 milhões de hectares agrícolas afetados, com a perda total de 97.083 hectares, o que prejudicou um total de 381.249 agricultores em todo o país.

Daniel Chapo avançou ainda que 8.914 quilómetros de estradas, 23 pontes e 78 aquedutos foram destruídos, além de 29 sistemas de abastecimento de água inutilizados pelos ciclones.

Os três ciclones atingiram Moçambique na última época das chuvas, tendo sido o ciclone Chido o primeiro e mais grave, ocorrido no final de 2024.

"Em suma, herdamos um país simultaneamente fustigado pelos ciclones, assolado pelo terrorismo em algumas zonas dos distritos da zona norte de província de CD, profundamente fragilizado por manifestações violentas, ilegais e criminosas, e por uma economia em recessão", lamentou Chapo.

O Presidente de Moçambique assinalou também "fissuras profundas" devido aos eventos registados antes da sua tomada de posse e que exigiam intervenções "urgentes e corajosas".

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

Os eventos extremos provocaram pelo menos 1.016 mortos em Moçambique entre 2019 e 2023, afetando cerca de 4,9 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.

O Presidente moçambicano está a apresentar esta quinta-feira, no parlamento, em Maputo, a sua primeira informação sobre o estado da nação, conforme prevê a Constituição da República.

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