Zambézia e Nampula são as regiões que mais sentem o impacto.
Pelo menos 705 infraestruturas públicas foram destruídas desde 2019 por ciclones e manifestações pós-eleitorais em Moçambique, com maior impacto na Zambézia e Nampula, províncias que necessitam de 473 milhões de euros para a reconstrução, foi esta terça-feira, anunciado.
"O levantamento consolidado confirma impactos significativos em 705 infraestruturas públicas, das quais 257 resultaram de ciclones e 448 de manifestações, com danos e necessidades concentradas nas províncias da Zambézia e Nampula", disse o porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, após a reunião semanal do órgão, em Maputo.
Segundo o responsável, os danos dos ciclones e manifestações que se seguiram às eleições gerais de 09 de outubro de 2024 nas províncias da Zambézia, no centro, e Nampula, no norte, são estimados em 27,4 mil milhões de meticais (369 milhões de euros), indicando serem necessários pelo menos 35,1 mil milhões de meticais (473 milhões de euros) para a reconstrução.
"Como passo subsequente, o Governo vai dar continuidade ao processo de mobilização de fundos para reposição da normalidade da vida das populações e o rápido restabelecimento dos serviços públicos essenciais, reforço institucional, e redução das vulnerabilidades bem como a mitigação de futuros desastres", disse Inocêncio Impissa.
"Todos os moçambicanos estão afetados com os danos das manifestações, todos, sem exceção. Os afetados são os moçambicanos, inclusive os que destruíram as infraestruturas das diferentes entidades públicas e privadas", acrescentou o porta-voz do Governo.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
Só entre dezembro e março últimos, na última época ciclónica, o país africano foi atingido por três ciclones, incluindo o Chido, o primeiro e mais grave, no final de 2024.
O número de ciclones que atingem o país "vem aumentando na última década", bem como a intensidade dos ventos, alerta-se no relatório do Estado do Clima em Moçambique 2024, do Instituto de Meteorologia de Moçambique, divulgado em março.
Os eventos extremos provocaram pelo menos 1.016 mortos em Moçambique entre 2019 e 2023, afetando cerca de 4,9 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.
Moçambique viveu a pior crise eleitoral, com manifestações convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados das eleições de outubro do ano passado, que deram a vitória a Daniel Chapo como quinto Presidente de Moçambique.
Pelo menos 2.790 pessoas continuavam detidas, de um total de 7.200, um ano após o início das manifestações pós-eleitorais em Moçambique, que provocaram 411 mortos, segundo dados da plataforma Decide divulgados em outubro.
A violência em Moçambique cessou após um primeiro encontro, em março, entre o Presidente, Daniel Chapo, e ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, estando em curso um processo de pacificação que prevê o compromisso governamental de realizar várias reformas, incluindo na Constituição e leis eleitorais.
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