A possível adesão, avançada pelo FT, significaria uma mudança radical na abordagem que o bloco tem tido no que toca à entrada de novos Estados-membros.
A Ucrânia poderá juntar-se à União Europeia (UE) dentro de pouco mais de um ano, de acordo com uma proposta apoiada por Bruxelas e revelada pelo Financial Times. A medida faz parte das negociações para pôr fim à guerra na Ucrânia e significaria uma mudança drástica na abordagem do bloco no que se refere à admissão de novos Estados-membros.
O jornal britânico nota que a adesão de Kiev à UE se possa materializar a 1 de janeiro de 2027. A medida estará incluída na última versão de uma proposta de paz que autoridades ucranianas e europeias apresentaram a Washington, e surge num momento em que Donald Trump tem vindo a intensificar a pressão sobre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para que um acordo de paz entre Kiev e Moscovo seja fechado até ao Natal.
A possível adesão da Ucrânia à UE significaria uma mudança radical na abordagem que o bloco tem tido no que toca à aceitação de novos Estados-membros. Para um país aderir à UE, tem de cumprir três blocos de requisitos fundamentais, conhecidos como Critérios de Copenhaga. Estes requisitos vão desde critérios políticos a económicos.
Nesta linha, a Ucrânia ainda não cumpre um único requisito para poder formalmente aderir ao bloco.
Pessoas familiarizadas com o assunto e citadas pelo FT afirmaram que uma jogada destas obrigaria Bruxelas a repensar todo o seu processo de alargamento, incluindo em questões essenciais como o calendário de acesso aos fundos da UE.
Os processos de adesão à UE podem ser bastante longos. O Montenegro, por exemplo, iniciou o seu processo de adesão em 2008, ao passo que a Moldávia está desde 2022 em negociações para aderir ao bloco. E como estes, há muitos outros países na linha para aderir à UE.
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