A edição de hoje
População luta contra o avanço de uma lei de extradição que colocaria os cidadãos à mercê dos padrões chineses no que toca à justiça.
A polícia de Hong Kong carregou esta quarta-feira sobre os manifestantes, numa das zonas de acesso ao Conselho Legislativo local, onde devia ter começado esta manhã o debate da polémica lei de extradição.
A polícia lançou gás pimenta e balas de borracha para obrigar os manifestantes a dispersar e os confrontos subiram de tom havendo já 26 feridos a registar.
Perante a carga policial, os manifestantes tentaram travar o avanço da polícia com grades, mas a esmagadora maioria colocou as mãos no ar. Outros começaram a distribuir máscaras de proteção contra o gás pimenta.
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Este é o culminar de um momento de tensão que nas últimas horas se tem vivido nesta zona central de Hong Kong.
Os manifestantes protestam contra lei da extradição para a China que colocaria os cidadãos de Hong Kong à mercê dos julgamentos sob padrões chineses, muito diferentes dos de Hong Kong.
Num índice do World Justice Project - uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover um estado de direito em todo o mundo - Hong Kong aparece em 16º lugar e a China em 80º no que toca ao respeito das regras do Estado de Direito.
A mudança poderia ainda ter implicações na atividade económica da região.
Este é o maior protesto desde a transferência de soberania do Reino Unido para a China em 1997. Os manifestantes prometem não arredar pé até que a lei seja definitivamente posta de lado.
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