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Polícia sul-africana detém mais dois homens em quadrilha de tráfico de 39 pessoas de Moçambique

Irmãos Guambe são acusados de tráfico de pessoas e violação da Lei de Imigração ilegal.

06 de julho de 2022 às 11:17

A polícia da África do Sul (SAPS) deteve mais dois homens na província de Mpumalanga, que faz fronteira com Moçambique, por alegado envolvimento no tráfico de 39 pessoas do país vizinho, em que dois coacusados são moçambicanos.

Em comunicado, a polícia sul-africana adiantou que Cornelis Johannes Uys, de 60 anos, e o seu filho, Cornelis Johannes Albertus Uys, de 23 anos, detidos no passado domingo, integram uma rede de tráfico de pessoas a operar desde Moçambique juntamente com dois moçambicanos, que haviam sido detidos no mês passado.

Os dois suspeitos moçambicanos, Carlos Bernardo Guambe, de 34 anos, e Gabriel Bernardo Guambe, de 32 anos, foram detidos numa fazenda agrícola, em Dullstroom, uma pequena cidade na província de Mpumalanga, segundo a polícia sul-africana.

Na operação, a polícia resgatou 39 pessoas, incluindo sete mulheres e nove crianças menores de cinco anos, e 23 homens com mais de 18 anos, refere-se no comunicado a que a Lusa teve acesso.

A operação de resgate das vítimas envolveu as unidades de ação rápida Flying Squad, e de combate ao crime organizado de Nelspruit, juntamente com funcionários dos ministérios do Trabalho e do Interior sul-africanos, adiantou a polícia sul-africana.

A porta-voz policial da unidade Hawks, de investigação criminal, Dineo Lucy Sekgotodi, salientou que a quadrilha recrutava as suas vítimas em Moçambique com a promessa de "melhor emprego" na África do Sul para onde eram transportadas ilegalmente por via terrestre.

"As vítimas foram transportadas de Moçambique para a fronteira, onde tiveram de sair do táxi e atravessar a fronteira [e foram depois] levadas no táxi para Lydenburg [cidade próxima a Dullstroom]. O filho do proprietário da quinta e um traficante encontraram-se com o taxista, a quem pagaram em dinheiro em troca das vítimas, que foram levadas para a fazenda para trabalho", explicou a porta-voz policial sul-africana.

"As investigações revelaram que as vítimas e os suspeitos estavam ilegalmente no país", referiu Dineo Lucy Sekgotodi.

De acordo com a polícia, os dois suspeitos moçambicanos detidos, os irmãos Guambe, são acusados de tráfico de pessoas e violação da Lei de Imigração ilegal, tendo comparecido em tribunal pela segunda vez na passada segunda-feira juntamente com a família Uys.

O Tribunal em Belfast, cidade que dista cerca de 35 quilómetros de Dullstroom, adiou o caso contra os quatro homens para a próxima segunda-feira para ouvir um pedido de liberdade condicional mediante pagamento de fiança, adiantou a polícia sul-africana, acrescentando que as investigações prosseguem.

 

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