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Presidente da Nissan e Renault suspeito de fraude fiscal

Carlos Ghosn é suspeito de ter reportado um valor salarial inferior ao que efectivamente recebeu.

19 de novembro de 2018 às 10:35

As autoridades japonesas suspeitam que o "chairman" da Nissan Motor, Carlos Ghosn, tenha declarado rendimentos inferiores aos que efetivamente auferiu. O responsável está a ser ouvido pelas autoridades e, de acordo com a imprensa japonesa, arrisca-se a ser detido por suspeitas de fraude fiscal.

As autoridades japonesas realizaram buscas na sede da Nissan, bem como noutros locais relacionados com a fabricante de automóveis, de acordo com o jornal japonês Asahi, citado pela Reuters.

Outros meios de comunicação dizem que o responsável foi mesmo detido.

Ghosn além de "chairman" da Nissan é também presidente executivo da Renault.

Estas suspeitas estão a provocar quedas acentuadas nas ações das duas cotadas. A Renault está a afundar mais de 13%, negociando em mínimos de 2014. Já a Nissan está a perder mais de 7%, no mercado alemão, igualmente para mínimos de 2014. 

A Reuters realça que os acionistas da Renault aprovaram, em Junho, um prémio de 7,4 milhões de euros a ser distribuído a Ghosn pelos resultados de 2017. Além deste valor, o responsável terá recebido 9,2 milhões de euros no último ano enquanto presidente executivo da Nissan (2017).

Ações da Renault caem mais de 12% na Bolsa de Paris

As ações do construtor automóvel Renault estavam esta segunda-feira de manhã a cair mais de 12% na Bolsa de Paris depois da Nissan ter confirmado que Carlos Ghosn, presidente da empresa japonesa, está a ser investigado por fraude fiscal.

A Nissan afirmou que vai propor a demissão de Carlos Ghosn o mais rapidamente possível.

Às 11:02 locais, as ações da Renault caiam 12,39% para 56,51 euros, numa sessão equilibrada, com o CAC40 a subir 0,03%.

A Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi é uma parceria estratégica franco-japonesa entre os fabricantes de automóveis Renault, com sede em Paris, França, Nissan, com sede em Yokohama, no Japão, e Mitsubishi Motors, com sede em Tóquio, no Japão, que juntos vendem mais de um em nove veículos em todo o mundo.

O construtor japonês confirmou as informações, avançadas esta manhã pela imprensa, sobre os resultados de uma investigação interna que indicam que o seu presidente do Conselho de Administração "durante vários anos declarou rendimentos inferiores aos montantes reais".

"Muitas outras práticas ilícitas foram descobertas, como o uso de bens da empresa para fins pessoais", refere, adiantando que a direção irá propor a sua "demissão do cargo rapidamente".

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