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Presidente da República moçambicano Daniel Chapo inicia visita aos EUA com reunião com JD Vance na agenda

Visita visa "o reforço das relações de amizade, solidariedade e cooperação entre os dois países", sendo acompanhado de três ministros e dois secretários de Estado.

25 de outubro de 2025 às 15:25

O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, inicia este sábado uma visita de seis dias aos Estados Unidos da América (EUA), prevendo encontrar-se com o vice-Presidente norte-americano, JD Vance, para reforço das relações bilaterais, divulgou a Presidência moçambicana.

Em comunicado, a Presidência da República refere que a visita de Daniel Chapo vai decorrer até 30 de outubro e visa "o reforço das relações de amizade, solidariedade e cooperação entre os dois países", sendo acompanhado de três ministros e dois secretários de Estado.

Acrescenta que durante a estadia o chefe de Estado vai reunir-se com o vice-Presidente JD Vance, "para trocar impressões sobre aprofundamento do diálogo entre os dois países e povos, bem como o reforço das relações bilaterais".

O Presidente moçambicano vai igualmente manter encontros "com outras entidades oficiais norte-americanas e instituições financeiras e de desenvolvimento", constando da agenda a participação de Daniel Chapo em "mesas redondas de negócios" em Washington e Houston, no estado de Texas, bem como numa "gala de angariação de fundos para ações de conservação".

Daniel Chapo vai ainda visitar a sede da petrolífera norte-americana ExxonMobil, que lidera um dos três megaprojetos previstos para explorar gás natural na bacia do Rovuma, norte de Moçambique.

O chefe de Estado será acompanhado dos ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Maria Manuela Lucas, dos Recursos Minerais e Energia, Estêvão Pale, e dos Transportes e Logística, João Matlombe, e dos secretários de Estado da Terra e Ambiente, Gustavo Djedje, e do Tesouro, Amílcar Tivane.

A visita surge cerca de um mês após a administração da agência norte-americana Millennium Challenge Corporation (MCC) ter anunciado a decisão de dar continuidade ao programa anunciado de 500 milhões de dólares, a financiar em Moçambique, de conectividade e resiliência costeira, após processo de revisão.

Segundo informação divulgada em 18 de setembro pela Embaixada dos EUA em Maputo, na sequência da Revisão da Assistência Externa, o conselho de administração da MCC reuniu-se em agosto "e recomendou o avanço do Compacto de Conectividade e Resiliência Costeira de Moçambique".

"Esta recomendação reflete a confiança contínua na cooperação entre os EUA e Moçambique, destacando o compromisso de gerar resultados tangíveis para os dois povos", lê-se no comunicado, acrescentando que o programa "está plenamente alinhado com as prioridades da política externa dos EUA" e que "visa produzir benefícios concretos" para os dois povos.

O financiamento, designado de Compacto II, foi assinado em 20 de setembro de 2023 no Capitólio, em Washington, na presença do então chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, durante a anterior administração norte-americana liderada por Joe Biden, a que sucedeu o Republicano Donald Trump.

Inclui uma nova ponte no rio Licungo e uma circular naquela província costeira do centro, atingida pelos ciclones que têm afetado Moçambique nos últimos anos, não tendo sido avançada informação sobre alterações ao valor a financiar pelos EUA.

O MCC--Moçambique previa lançar no início deste ano o concurso para a construção da nova ponte sobre o rio Licungo e uma estrada circular, segundo anúncio noticiado em dezembro passado pela Lusa, o que não chegou então a acontecer.

A obra envolve a construção de uma ponte de 1.800 metros de comprimento, 5.000 metros a jusante da atual travessia, bem como 16 quilómetros de nova estrada circular de acesso para ligar à Estrada N1 no atravessamento do rio Licungo, próximo de Mocuba.

A província da Zambézia concentra este projeto de 500 milhões de dólares (cerca de 422,2 milhões de euros) da MCC - agência de apoio externo financiada pelo Governo norte-americano que garante subsídios a países em desenvolvimento -, somando-se a comparticipação do Estado moçambicano, de 37,5 milhões de dólares (31,6 milhões de euros).

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