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Primeiro ato de guerra do presidente dos EUA Joe Biden visa o Irão

Bombardeamentos atingiram camiões carregados de munições e postos de controlo de milícias próximas do regime iraniano.

27 de fevereiro de 2021 às 08:52

O novo presidente dos EUA, Joe Biden, autorizou esta sexta-feira o primeiro ato de guerra do seu mandato: um raide aéreo na Síria contra milícias apoiadas pelo Irão. O Pentágono não adiantou pormenores sobre vítimas, mas afirma que foram destruídas “inúmeras instalações”, num raide que foi a resposta aos recentes ataques contra forças norte-americanas no Iraque.

Um miliciano iraquiano próximo do Irão afirmou que um combatente morreu e quatro ficaram feridos, mas outras fontes referem pelo menos 22 mortos. Monitores no terreno afirmam que três camiões carregados de munições foram atingidos junto da cidade fronteiriça de Abu Kamal, tendo sido ainda destruídos vários postos de controlo das milícias. As vítimas pertenceriam todas às Hashd al-Shaabi, grupo que congrega pequenas milícias ligadas ao Irão.

A Síria condenou os ataques como um ato cobarde e instou Biden “a não seguir a lei da selva”, enquanto o Irão falou de “agressão ilegal” e violação dos direitos humanos e da lei internacional.

O ataque terá sido deliberadamente de escala limitada para evitar uma escalada de tensões. Contudo, Teerão acusa Biden de trair as promessas de devolver os EUA ao acordo nuclear de 2015, pelo que o ataque de esta sexta-feiraarrisca aprofundar divisões com o sucessor de Trump.

O presidente Joe Biden telefonou ao rei Salman, da Arábia Saudita, antes da divulgação do relatório da CIA que acusa o seu filho, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, de autorizar o homicídio do jornalista e opositor Jamal Khashoggi, morto em Istambul em 2018. A Casa Branca não confirmou que o tema tenha sido abordado, mas frisa que Biden insistiu na necessidade de respeito pelos direitos humanos. Entretanto, os EUA anunciaram sanções contra dezenas de sauditas por causa do homicídio.

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