Doença é causada, em grande parte, pela ingestão de alimentos e água contaminados por falta de redes de saneamento.
A província de Nampula registou 675 novos casos de cólera em agosto, sendo o atual foco da preocupação das autoridades sanitárias de Moçambique no surto da doença que afeta algumas regiões do país há quase um ano.
Segundo os boletins diários sobre a progressão da doença, elaborados pela Direção Nacional de Saúde Pública e consultados esta segunda-feira pela agência Lusa, o atual surto de cólera em Moçambique regista um acumulado de 34.306 casos de 14 de setembro de 2022 até 02 de setembro, que provocaram 144 óbitos, três dos quais no mês de agosto em Nampula.
Na província da Nampula, norte do país, as autoridades de saúde tinham contabilizado, até 01 de agosto, 2.936 casos da doença, com três óbitos, desde o início da epidemia no país. Com foco essencialmente na cidade de Nampula, capital da província, em apenas um mês esse total subiu para 3.611 casos e seis óbitos.
"A epidemia em Nampula está sob controlo, mas ainda temos alguns casos e as equipas multissetoriais estão a trabalhar no intuito de prevenir novos focos na cidade", descreveu em agosto o vice-ministro da Saúde de Moçambique, Ilesh Jani.
"Continuamos a ter alguns focos de cólera no país, a maior parte dos distritos que teve surtos de cólera já estão livres", destacou igualmente o governante.
Em 2 de setembro, a taxa de letalidade nacional da doença situava-se em 0,4% e permaneciam internadas 30 pessoas nas unidades de saúde do país.
As autoridades de saúde moçambicanas declararam no final de julho surtos de cólera em mais dois distritos, Mocímboa da Praia e Mueda, província de Cabo Delgado, que se juntaram a outros dois ativos. Em Cabo Delgado, norte do país, registaram-se 1.257 casos desde setembro de 2022, com três mortos.
Até 02 de setembro, a maioria dos casos acumulados de cólera em Moçambique foi registada na província da Zambézia, no centro do país, (13.400 diagnosticados e 38 mortos), especialmente afetada depois da destruição provocada pelo ciclone Freddy, em fevereiro e março, seguindo-se Sofala (7.527 casos e 30 mortos) e Niassa (3.501 casos e 25 mortos), mas sem registo de novos infetados há várias semanas.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, destacou em 13 de julho, em Maputo, os esforços de Moçambique, e do Presidente da República, Filipe Nyusi, para travar esta epidemia de cólera.
Para o diretor-geral da OMS, o executivo moçambicano teve uma gestão assinalável da epidemia, que foi agravada pelo impacto do ciclone Freddy.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, situação que agrava a resistência de infraestruturas e serviços que permitam evitar a doença.
A cólera é uma doença que provoca fortes diarreias, que é tratável, mas que pode provocar a morte por desidratação se não for prontamente combatida.
A doença é causada, em grande parte, pela ingestão de alimentos e água contaminados por falta de redes de saneamento.
Em maio, a OMS alertou que o mundo terá um défice de vacinas contra a cólera até 2025 e que um bilião de pessoas de 43 países podem ser infetadas com a doença.
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