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Quinze cidades brasileiras em isolamento devido ao avanço da pandemia de coronavírus

Covid-19 já infetou mais de 117 mil pessoas e provocou mais de 8 mil vítimas mortais.

06 de maio de 2020 às 17:28

O avanço da pandemia de coronavírus, que até esta quarta-feira infectou 117 mil pessoas e matou 8012 no país, e o aumento de mortes pela doença que ele provoca, a Covid-19, obrigaram 15 cidades brasileiras a decretar a quarentena, ou seja, o isolamento total da população. Todas essas cidades já tinham adotado outras medidas restritivas menos radicais, mas a população ignorou as recomendações, continuou a andar nas ruas e provocou o aumento do número de infectados, levando à saturação do sistema público de saúde.

São Luís, capital do estado do Maranhão, no norte do Brasil, foi a primeira a entrar em "lockdown", esta terça-feira, por decisão do governador do estado, Flávio Dino, depois da adesão da população às medidas de distanciamento social ter caído abaixo dos 50%. Dino decretou o isolamento total tanto na capital como nas outras três cidades que ficam na Ilha de São Luís e formam a região metropolitana.

Fortaleza, capital do estado do Ceará, vizinho ao Maranhão mas que pertence à região nordeste do Brasil, também decretou o isolamento total. A medida, que o governador Camilo Santana preferiu chamar de "distanciamento social rígido", entra em vigor esta quinta-feira.

Um dia depois, sexta, será a vez de dez cidades do estado do Pará, outro populoso estado no norte do Brasil, entrar em confinamento rigoroso. O Governador Helder Barbalho decretou o "lockdown" não apenas na capital estadual, Belém, como em outras nove cidades de várias regiões do estado.

Todas essas 15 cidades enfrentam uma situação dramática no atendimento aos doentes graves com Covid-19, estando a maior parte dos hospitais públicos em colapso ou muito perto disso, apesar das medidas de emergência de reforço, como criação de hospitais de campanha. Em São Luis e região metropolitana, a mais atingida no Maranhão, a taxa de ocupação nas Unidades de Cuidados Intensivos, UCIs, dos hospitais públicos era esta quarta-feira de 97%, enquanto no Ceará era de 90% em média no estado mas em Fortaleza chegava perto dos 100%, e no Pará 85% das camas destinadas a doentes graves estão ocupadas.

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