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Região italiana paga 27000 euros para fixar pessoas

Pessoas que se instalarem numa das 106 vilas vão receber 700 euros mensais durante mais de três anos.

15 de setembro de 2019 às 19:03

Quando nalgumas vilas italianas se começaram a vender casas por apenas 0,90 cêntimos, pareceu bom demais para ser verdade. Mas a última oferta de Itália supera todas as anteriores.

A região de Molise, no sul de Itália, anunciou que vai pagar mais de 24000 euros como incentivo para que as pessoas se instalem numa das 106 vilas que se encontram subpopuladas, numa tentativa de evitar que as comunidades caiam no esquecimento. Aqueles que aceitarem o desafio vão receber 700 euros mensais durante mais de três anos.

A região é conhecida pelos pastos verdes, pelos olivais e pelos picos de montanha com neve. Entre algumas das escolhas de vilas a habitar estão Fornelli, Pesche e Riccia. 

Em contrapartida, os novos moradores terão de se comprometer a abrir um pequeno negócio na vila de forma a contribuir para a economia local.

Jovens e casais com filhos são particularmente encorajados a candidatarem-se ao programa, que vai arrancar dia 16 de Setembro.

O conselheiro regional que implementou a ideia, Antonio Tedeschi, disse à CNN que "espera que a região passe por um renascimento e evite que as suas aldeias autênticas se transformem em zonas fantasma".

Tedeschi, que nasceu na pequena vila de Filignano, na região de Molise, diz ter consciência da perda histórica e cultural consequência do despovoamento e esquecimento destas áreas. Como tal, espera que a iniciativa inverta a tendência que tem vindo a deixar as regiões ao abandono.

A crise de despovoamento

Recentemente, tem havido uma vaga de vilas desde o norte dos Alpes até às vinhas no sul da Sicília, a oferecer casas para que possam ser renovadas e habitadas por qualquer pessoa que possua o poder económico e tenha a predisposição para tal.

A iniciativa que visa o povoamento de Molise tem potencial para ser uma escolha muito lucrativa para quem quiser fazer a aposta.

"O objetivo é dar uma nova vida e renovar a economia local", diz Antonio. "Os novos residentes têm liberdade para abrir qualquer tipo de negócio de forma a conseguirem o apoio financeiro".

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