Criança presa há mais de 100 horas. Autoridades dizem que processo de extração é "delicado".
Menino de cinco anos preso há mais de 60 horas num poço com 32 metros de profundidade
Este sábado, a centímetros de chegar ao menino, uma queda de pedras e nova derrocada atrasou as operações de resgate: mais um obstáculo que a fé das centenas de pessoas presentes não deixou abalar. Todos esperam o milagre. Algumas horas depois as equipas de socorro conseguiram entrar no túnel de tubos construídos, para avaliar o estado de saúde da criança e proceder à retirada do menor do poço.
Pelas 18h00, foi feito um corredor no local e uma ambulância avançou e aproximou-se do túnel secundário de onde vai ser retirado Rayan. De perto seguia uma mulher, identificada pelos meios de comunicação locais como a mãe do menino, visivelmente emocionada, que durante toda a agonia da espera nunca parou de pedir ao mundo que rezasse pelo filho.
Abdelhadi Thamrani, membro do comité de supervisão do resgate disse que a extração da criança era um processo "delicado e difícil". Várias dezenas de bombeiros colocaram-se junto à entrada do túnel, em preparação, o que antecipa o resgate próximo.
Operações durante toda a noite
De acordo com o responsável pelas operações de resgate, que falou à imprensa já de madrugada, pelas 2h30 deste sábado, o salvamento "entrou na segunda fase", numa altura em que se está a escassos centímetros de chegar à criança. "Estamos quase lá. Esta operação não deverá demorar muito mais. Não há nenhuma novidade sobre o estado de saúde da criança", afirmou. Os socorristas continuam a transportar oxigénio, água e comida ao local, que chega ao fundo do poço através de um cabo, o que leva à confirmação de que o menino continua vivo, ainda que com ferimentos na cabeça, resultantes da queda de 32 metros que sofreu.
Algumas das centenas de pessoas presentes no local, que acorrem para ajudar no que podem, e cumprem o pedido da mãe de Rayan, de rezar a Alá pelo menino, davam conta de que a criança, pelo que era possível ver na câmara colocada no fundo do poço, ainda se mexia, ainda que com aparente maior dificuldade. As autoridades não confirmaram para já os relatos.
Também a mãe de Rayan garantia ao final da noite que continuava a ver, através das imagens da câmara instalada, que o menino se mantinha consciente. "Ele está vivo. Vi-o a mexer-se. Continuem a rezar por ele", pediu emocionada.
Deslizamento de terras obrigou a nova estratégia
Depois de um delizamento de terras obrigar a suspender temporariamente as operações de resgate pelo pequeno Rayan, as equipas de socorro voltaram à ação e, mesmo com o cair da noite, continuaram a reunir todos os esforços.
Devido à delicadeza da operação após este obstáculo, ao mesmo tempo que se procedia à instalação de tubos, os operacionais passaram a escavar com recurso a pás e mesmo às mãos, ao invés de utilizarem máquinas e escavadoras.
Recorde-se que, como o poço é demasiado estreito para permitir a passagem de um adulto, foi aberto um túnel secundário, na horizontal, perto da base do poço, para permitir o acesso ao menor. É neste túnel que está a ser instalado um sistema de tubagens de grandes dimensões que permitirá o salvamento de Rayan.
Equipas de resgate estão a menos de três metros do menino preso em poço em Marrocos
As primeiras tentativas de socorro falharam, com voluntários de uma associação de espeleologia a descerem pelo poço original, mas não conseguiram ir muito longe porque o buraco é demasiado estreito para um adulto.Os trabalhos das equipas de resgate estão a ser acompanhados no local por um grupo grande de pessoas e milhares de outras acompanham o drama nas redes sociais. Marrocos vive horas de tensão, medo e de esperança, tendo presente na memória a história do pequeno Julen, o bebé de dois anos que caiu a um poço ilegal em Málaga, Espanha, e que não sobreviveu. O corpo do menino foi recuperado 13 dias após o acidente, que ocorreu em janeiro de 2019.
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