Vaga de calor severo, que começou no fim de semana, deve prolongar-se pelo menos até aos primeiros dias da próxima semana e intensificar-se em algumas regiões do Brasil.
A cidade brasileira do Rio de Janeiro, que esta segunda-feira já tinha registado sensação de 52 graus em vários bairros, atingiu na manhã desta terça-feira, várias horas antes do horário em que as temperaturas costumam ser mais elevadas, a maior sensação térmica da história, com 58,5 graus Celsius. A sensação térmica é a temperatura que as pessoas realmente sentem no corpo, independentemente do que os termómetros marcam.
Essa inacreditável e sufocante sensação de calor extremo foi registada às 9 horas e 15 minutos, um horário geralmente de temperatura amena, na estação de medição de Guaratiba, na zona oeste daquela cidade brasileira. De acordo com o Centro de Operações da autarquia carioca, é a temperatura mais elevada já registada oficialmente desde que o sistema Alerta Rio começou a fazer esse tipo de medição, em 2014.
Não foi, no entanto, a primeira vez em que o Rio de Janeiro atingiu os 58 graus de sensação térmica em 2023, ano em que o Brasil está a enfrentar uma sucessão de vagas de calor extremo, que assusta até mesmo os habitantes de cidades onde normalmente já se registam temperaturas altas. Em 17 de Fevereiro, durante a primeira vaga de calor severo que atingiu o Brasil, os termómetros registaram 58,3 graus Celsius de sensação térmica na estação de medição de Santa Cruz, e dias antes, dia 4 do mesmo mês, na mesma estação, tinham sido registados 58ºC, mas, nestes últimos dois casos, estava-se no verão brasileiro e essas temperaturas altíssimas foram alcançadas às 15 horas, exactamente o horário de mais calor.
Às seis horas da manhã desta terça-feira, mal o Sol tinha aparecido, a temperatura oficial no Rio de Janeiro já era de 26 graus Celsius, antecipando o que viria pela frente ao longo do dia. Internautas publicaram nos últimos dias imagens de termómetros de rua do Rio de Janeiro registando 28, 30 graus Celsius perto da meia-noite, pois o calor não se tem ido embora mesmo quando o sol sai de cena.
Em São Paulo, onde as temperaturas costumam ser bem mais amenas do que no Rio de Janeiro, às seis horas da manhã os termómetros já registavam 24 graus, e a temperatura deve chegar hoje aos 40 nos termómetros oficiais, protegidos dentro de salas das estações de medição meteorológica e que normalmente apontam valores menores do que os termómetros de rua. Esta segunda-feira, por exemplo, enquanto a medição oficial registava ao início da tarde 38 graus na capital paulista, um valor já muito mais elevado do que os paulistanos estão habituados a enfrentar, o termómetro instalado no Largo do Japonês, no bairro de Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da cidade, registava 43, com uma sensação térmica acima dos 50.
A vaga de calor severo, que começou no fim de semana passado, deve prolongar-se pelo menos até aos primeiros dias da próxima semana e intensificar-se em algumas regiões do Brasil, como nos estados de Goiás e de Mato Grosso, no centro-oeste do país, onde as temperaturas oficiais podem superar os 45 graus Celsius, até os 47 em algumas cidades. O mesmo deve acontecer no igualmente seco e quente interior do estado de São Paulo e em parte do estado de Minas Gerais, alguns dos 14 estados brasileiros que receberam alerta vermelho para risco de temperaturas potencialmente prejudiciais e até letais ao ser humano.
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