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Rússia refreia expectativas de encontro rápido entre Putin e Zelensky

Suíça oferece imunidade ao Presidente russo para acolher encontro em Genebra.

20 de agosto de 2025 às 01:30

A Rússia despejou, na terça-feira, um balde de água fria sobre as expectativas de Trump sobre uma cimeira a curto prazo entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky para discutir o fim da guerra na Ucrânia, afirmando que um encontro de tamanha importância não pode ser preparado de um dia para o outro.

Em declarações à TV estatal russa, o MNE Sergei Lavrov afirmou que a Rússia “não rejeita nenhum formato de negociação, nem bilateral nem trilateral”, mas ressalvou que um encontro “entre altos funcionários” deve ser preparado “com muito cuidado e de forma minuciosa”, deixando antever que levará o seu tempo. Donald Trump, que na segunda-feira à noite, durante a reunião com Zelensky e os líderes europeus, telefonou a Putin para colocar os preparativos da cimeira em marcha, tinha afirmado que pretendia que os dois Presidentes se reunissem ainda esta semana.

Durante o telefonema, Putin terá sugerido realizar a cimeira de paz em Moscovo, possibilidade que foi prontamente rejeitada por Zelensky e pelos aliados europeus. “Não seria uma boa ideia”, disse fonte diplomática europeia.

A Suíça ofereceu-se na terça-feira para acolher a cimeira entre Putin e Zelensky, tendo mesmo garantido imunidade ao Presidente russo, que tem um mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional.

Entretanto, Donald Trump admitiu que “é possível que Putin não queira chegar a um acordo”, adiantando que o líder russo ficaria numa posição “muito difícil” se isso acontecesse. “Não acredito que isso vá ser um problema. Acredito que ele está cansado da guerra. Estamos todos cansados, mas nunca se sabe. Saberemos nas próximas semanas”, disse Donald Trump numa entrevista à Fox News, na qual voltou a prometer “garantias de segurança robustas” para a Ucrânia, mas afastou a possibilidade de enviar militares norte-americanos para o terreno, afirmando que essa missão “ficará a cargo dos europeus”. Defendeu ainda que o Presidente ucraniano “deve mostrar flexibilidade” nas negociações de paz, numa referência a eventuais cedências territoriais.

Entretanto, os países da “coligação dos voluntários” começaram na terça-feira a discutir as garantias de segurança que serão oferecidas à Ucrânia num eventual acordo de paz. “Esperamos ter tudo formalizado no papel dentro de uma semana a 10 dias”, disse Zelensky.

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