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Sérgio Moro vai ser ministro mas nega ser político

Juiz da Lava Jato responde a críticos que o confrontaram com promessa de nunca entrar na política.

07 de novembro de 2018 às 08:58

O juiz Sérgio Moro, que na semana passada aceitou ser ministro da Justiça no futuro governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, negou segunda-feira que tenha entrado para a política.

Fortemente criticado por ter abandonado 22 anos de magistratura e o comando da operação anti-corrupção Lava Jato para integrar um governo de extrema-direita, Moro reagiu às críticas.

"Eu faço uma respeitosa divergência. Não me vejo ingressando na política, não me vejo ainda como político verdadeiro. Para mim, é um ingresso num cargo técnico", afirmou o juiz, famoso pela dureza com que condena arguidos, sendo o mais famoso deles o ex-presidente Lula da Silva, que mandou prender por corrupção.

Criticado por juízes no Brasil e até por magistrados italianos da operação Mãos Limpas, Moro acrescentou que, como ministro da Justiça, fará aquilo que melhor sabe.

A partir de janeiro será o superministro de Bolsonaro, acumulando a chefia da Segurança Pública, da Polícia, do Departamento Penitenciário, do Cons. de Acompanhamento de Operações Financeiras e do órgão que tutela os assuntos indígenas, mas, ainda assim, Moro diz manter a promessa de não entrar na política.

"Não pretendo disputar um cargo eletivo. Mas, Ministério da Justiça [...], estou numa posição técnica", reiterou, rejeitando críticas dos que o viam como herói da luta contra a corrupção e agora o veem como político num governo radical.

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