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Serviços secretos da Dinamarca preocupados com voo de drones em Copenhaga

Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, culpou diretamente a Rússia pelo sucedido em Copenhaga na segunda-feira à noite.

23 de setembro de 2025 às 10:11

Os serviços de informações da Dinamarca avisaram esta terça-feira que o país enfrenta uma "ameaça significativa" de sabotagem depois de drones pilotados por desconhecidos terem sobrevoado o aeroporto de Copenhaga na noite de segunda-feira.

"Estamos a enfrentar uma ameaça significativa de sabotagem na Dinamarca. Podem não estar a vir para nos atacar, mas ver como reagimos", disse esta terça-feira o diretor de operações do Serviço de Informações Dinamarquês (PET), Flemming Drejer, em conferência de imprensa.

O espaço aéreo da cidade de Copenhaga esteve encerrado durante várias horas na segunda-feira à noite devido ao sobrevoo de três drones de grande porte não identificados sobre as pistas.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, condenou a presença de drones sobre o aeroporto de Copenhaga e afirmou que o incidente é o ataque mais grave contra as infraestruturas vitais dinamarquesas até ao momento.

Frederiksen confirmou que o Governo da Dinamarca já está em contacto com outros parceiros internacionais afirmando que os países devem estar preparados para enfrentar este tipo de situações.

A chefe do Executivo da Dinamarca relacionou ainda o incidente de Copenhaga com as recentes violações do espaço aéreo na Europa de Leste e com o ataque cibernético que afetou vários aeroportos europeus no fim de semana.

Esta terça-feira, em Kiev, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, culpou diretamente a Rússia pelo sucedido em Copenhaga na segunda-feira à noite.

As autoridades estão ainda a investigar a forma como os drones chegaram ao aeroporto de Copenhaga: se foi por terra ou possivelmente em embarcações vindas do estreito que conduz ao Mar Báltico.

As preocupações com a segurança no norte da Europa aumentaram após o aumento das atividades de sabotagem russas e de múltiplas incursões de drones e caças no espaço aéreo da NATO nas últimas semanas.

Inicialmente, Jes Jespersen, inspetor da Polícia de Copenhaga na primeira conferência de imprensa sobre o assunto, disse que os aparelhos aéreos não tripulados (drones) foram pilotados por um indivíduo - que ainda não foi identificado - acreditando que não tinha intenção de causar danos.

Mesmo assim, na primeira reação, as autoridades dinamarquesas não descartaram a possibilidade de os drones terem sido "um ataque híbrido russo".

De acordo com a doutrina militar, a guerra híbrida é uma estratégia de conflito que combina táticas militares convencionais e não convencionais para desestabilizar sem o uso de meios bélicos.

A polícia disse ainda que os drones não foram abatidos porque o risco era demasiado grande, devido à lotação do aeroporto, aos aviões nas pistas e aos depósitos de combustível localizados nas proximidades.

Os voos no aeroporto de Copenhaga já foram retomados mas verificam-se atrasos.

Entretanto, um outro incidente com um drone na noite de segunda-feira no aeroporto de Oslo, Noruega, obrigou todo o tráfego a deslocar-se para uma pista, de acordo com a emissora norueguesa NRK.

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