Reuniões terminaram sem resultados que possam pôr fim às greves dos trabalhadores do setor público.
As reuniões realizadas esta segunda-feira entre o Governo britânico e sindicatos terminaram sem resultados que possam pôr fim às greves dos trabalhadores do setor público, tendo alguns representantes sindicais manifestado desapontamento com aquilo que classificaram como "intransigência" dos ministros.
"Ainda não há uma solução à vista para a nossa disputa. A reunião de segunda-feira foi profundamente dececionante", afirmou a diretora das Relações Laborais e Serviços Jurídicos do sindicato dos enfermeiros Royal College of Nursing, Joanne Galbraith-Marten, após uma reunião com o ministro da Saúde, Steve Barclay.
A dirigente sindical afirmou que a "intransigência" do Governo vai prejudicar os utentes do serviço nacional de saúde, pois nada foi apresentado para evitar a greve dos enfermeiros na próxima semana.
Também o sindicato Unite, que representa os motoristas de ambulâncias que têm uma paralisação prevista para a próxima semana, considerou o encontro de segunda-feira uma "oportunidade perdida".
"O Governo está a brincar", acusou o negociador do sindicato, Onay Kasab, que lamentou a falta de disponibilidade para negociar aumentos salariais imediatos.
"O que ouvimos é que, para que qualquer aumento salarial fosse considerado agora ou no futuro, precisávamos de falar sobre produtividade e eficiência", disse o representante à estação pública britânica BBC, considerando que tais condições são um "insulto" quando estes profissionais de saúde que fazem "turnos de 18 horas".
Já Sarah Gorton, responsável pela área de saúde do sindicato Unison, revelou terem existido conversas sobre salários e saudou algum "progresso", mas disse que não foram alcançadas "concessões tangíveis".
"Hoje[Segunda-feira] houve definitivamente uma mudança de tom", afirmou a mesma representante aos jornalistas no final da reunião.
Vários ministros do executivo conservador britânico tinham esta segunda-feira encontros previstos com os líderes sindicais numa tentativa de pôr fim a uma onda de greves que tem afetado em particular a rede ferroviária e o sistema de saúde.
O ministro da Saúde, Steve Barclay, reuniu-se com os sindicatos de enfermeiros e médicos, enquanto os ministros dos Transportes e da Educação iam receber representantes dos trabalhadores dos respetivos setores.
O Reino Unido registou nos últimos meses a maior vaga de greves em décadas, com trabalhadores de aeroportos, correios, guardas das fronteiras, instrutores de condução e condutores de autocarros entre aqueles que têm protagonizado paralisações para exigir salários mais elevados.
Motoristas de ambulâncias e enfermeiros têm greves marcadas para vários dias de janeiro e outras profissões, como médicos e professores, planeiam ações de contestação laboral para pedir uma subida na remuneração que compense a perda de poder de compra.
Além da inflação superior a 10%, impulsionada pelos custos acentuados da energia e alimentação, funcionários do setor público queixam-se de congelamentos salariais sucessivos nos últimos anos.
O Governo conservador tem insistido que só discutirá os aumentos salariais para o ano financeiro de 2023-24 que começa em abril, e não para o ano em curso, e quer alterações aos termos dos contratos.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, saudou esta segunda-feira a realização das reuniões, mas vincou que os aumentos salariais terão de ser "razoáveis" e dentro daquilo que o país pode pagar.
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