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Sobreviventes de ataque a navio de narcotráfico no Caribe foram mortos após ordem do secretário da Defesa americano

De acordo com alguns especialistas, o governo de Trump pode estar a violar o direito dos conflitos armados.

28 de novembro de 2025 às 19:56

O secretário de Defesa norte-americano, Pete Hegseth, deu uma ordem verbal para que nenhum sobrevivente fosse deixado com vida quando Donald Trump lançou, a 2 de setembro, o primeiro de mais de uma dúzia de ataques contra navios envolvidos em tráfico de drogas no Caribe.

A 2 de setembro, militares norte-americanos dispararam um míssil contra uma embarcação no Caribe que trasportava 11 pessoas que alegadamente transportavam droga para os EUA.

Esta sexta-feira, o jornal The Washington Post, citando fontes conhecedoras do processo, revela pormenores desconhecidos dessa operação. Segundo esta publicação, após um primeiro ataque à embarcação, dois homens conseguiram sobreviver ao bombardeamento. E foi então que um comandante das Forças Especiais que supervisionava a operação ordenou um segundo ataque para cumprir as instruções de Pete Hegseth de "matar todos". Os dois sobreviventes acabaram por ser mortos.

O ataque e as mortes foram anunciados pelo presidente Donald Trump no dia dos atentados, a 2 de setembro, mas o Governo norte-americano nunca reconheceu publicamente ter matado sobreviventes nem falou num segundo ataque.

Este caso ganha agora relevo dado que de acordo com alguns especialistas o governo de Trump pode estar a violar o direito dos conflitos armados, que proíbe a execução de um inimigo fora de combate devido a ferimentos ou rendição.

Os ataques levados a cabo contra barcos no Caribe têm estado sob escrutínio por parte de investigadores internacionais e alguns membros do Congresso, que defendem que a campanha mortal da administração Trump equivale a execuções extrajudiciais ilegais.

Especialistas em direito da guerra, em declarações ao jornal britânico The Independent, classificaram estes atos como assassinato e crime de guerra.

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