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Transcrição do telefonema de Trump para o presidente ucraniano confirma pressão sobre Ucrânia

Democratas abriram processo formal para destituir o presidente dos EUA.

26 de setembro de 2019 às 08:40

A transcrição oficial do polémico telefonema entre Donald Trump e o presidente ucraniano, que está na origem do processo de destituição aberto terça-feira pela maioria democrata da Câmara dos Representantes contra Trump, confirma que o presidente norte-americano pressionou repetidamente Volodymyr Zelenskiy a investigar o antigo vice-presidente Joe Biden, seu possível adversário nas presidenciais de 2020.

"Fala-se muito sobre o caso do filho de Biden, que Biden tentou travar a investigação, e muitas pessoas querem saber o que se passou, por isso se puder fazer alguma coisa junto do seu procurador-geral isso seria excelente", disse Trump no telefonema, antes de voltar ao assunto mais à frente: "Biden gabou-se de ter travado a investigação, por isso, se conseguir ver isso... parece-me horrível o que ele fez", instou Trump, acrescentando que o seu advogado pessoal, Rudolph Giuliani, e o procurador-geral do EUA, William Barr, "entrarão em contacto para falar sobre o assunto".

Trump referia-se às suspeitas, nunca provadas, de que Biden, quando era vice-presidente de Obama, terá pressionado o governo ucraniano para afastar um procurador que estava a investigar um consórcio de gás ucraniano de cujo conselho de administração fazia parte o seu filho, Hunter Biden.

A transcrição não inclui qualquer ameaça de reter a ajuda militar à Ucrânia nem faz referência à "promessa preocupante" que Trump terá feito a Zelenskiy, a qual esteve na origem da queixa apresentada por um agente dos serviços de informações que despoletou o caso. O agente deverá testemunhar amanhã no Congresso.

Trump nega ter cometido qualquer irregularidade e atacou o processo de destituição como mais um episódio da "caça às bruxas" dos democratas. "Isto é perseguição presidencial", acusou. *Com agências

"Ninguém está acima da lei", diz Nancy Pelosi

"Ninguém está acima da lei", lembrou Pelosi.

Três presidentes acusados mas nenhum destituído

Antes de Trump, outros três presidentes foram alvo de processos de ‘impeachment’, mas nenhum foi destituído.

Andrew Johnson, julgado por despedir o ministro da Guerra em 1868, escapou por um voto, enquanto Richard Nixon, acusado no caso Watergate, demitiu-se antes de o processo ir a votação.

O caso mais recente foi o de Bill Clinton, acusado de perjúrio e obstrução à Justiça no caso Lewinsky, cuja destituição foi rejeitada pelo Senado em 1998.

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