Força policial divulgou que apreendeu armas de fogo e droga.
Uma operação especial da Polícia Nacional cabo-verdiana na Praia, a segunda numa semana, envolvendo 200 agentes efetivos, levou à detenção de 13 pessoas e à apreensão de armas de fogo e droga, divulgou esta quarta-feira aquela força policial.
Em comunicado, a Polícia Nacional explica que a operação especial de prevenção criminal, que se desenrolou durante quatro horas na segunda-feira, nos bairros de Achada Grande Trás, Marrocos, Vila Nova e Fundo Cobom, resultou de mandados de busca domiciliárias e foram acompanhadas no terreno por um magistrado judicial.
Envolveram forças da Polícia Nacional dos comandos regionais de Santiago Sul e Maio, de Santiago Norte, do Corpo de Intervenção, da Guarda Fiscal e da Polícia Marítima, num total de cerca de 200 efetivos e 40 viaturas.
"Foram conduzidas à esquadra policial 13 indivíduos, dos quais sete foram detidos em flagrante delito, por crimes de posse de armas de fogo, estupefacientes e armas brancas", explica o comunicado, acrescentando que foram ainda apreendidas armas de fogo de fabrico artesanal, televisores, telemóveis, munição, facas, catanas, tacos de basebol ou bastões policiais, entre outros.
Segundo a Polícia Nacional, sete suspeitos foram presentes a tribunal e vão aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva.
A capital cabo-verdiana vive desde agosto um pico de criminalidade, com assaltos violentos e homicídios, situação que já levou o Governo a admitir um reforço de meios para a polícia.
No dia 31 de agosto, uma operação especial de prevenção criminal idêntica, em vários bairros da capital e que envolveu mais de uma centena de agentes policiais no cumprimento de 32 mandados de busca, permitiu, em cinco horas, a apreensão de armas e droga, levando ainda à detenção de nove pessoas.
O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, anunciou em 01 de setembro a criação da figura do Secretário de Segurança Interna e pediu "mais efetividade" à Justiça, como forma de combater o pico de criminalidade que se regista na Praia.
"Face aos crimes, os braços longos do sistema judicial e policial devem chegar lá onde for necessário. A atitude colaborativa deve ser maximizada em nome de um combate à criminalidade e em nome da paz social", afirmou o chefe do Governo, numa mensagem ao país, a partir do Palácio do Governo, na Praia, durante a qual prometeu "tolerância zero", para que o "crime não compense".
Antes dessa intervenção do primeiro-ministro, o diretor nacional da Polícia Nacional, Emanuel Moreno, reconheceu, ao apresentar os últimos indicadores, que Cabo Verde registou em agosto um "pico de criminalidade", com crimes violentos, desavenças entre grupos rivais, roubos contra pessoas, furtos em residências e estabelecimentos comerciais, motivados "por regra" pelo consumo de álcool e produtos estupefacientes.
O responsável referiu que este aumento teve "impacto no sentimento de segurança dos cidadãos", apontando que foram registados 14 homicídios de janeiro a agosto na Praia. Destes, sete ocorreram no mês de agosto.
Relativizando o atual momento de insegurança na capital face aos anos anteriores, considerando que Cabo Verde continua a ser "um país seguro", o primeiro-ministro anunciou, ainda assim, um reforço de meios e mudanças nas estruturas.
"Iremos promover a reestruturação da arquitetura e do modelo de funcionamento do sistema de segurança nacional, através da criação da figura do Secretário de Segurança Interna, dotado de um quadro alargado de atribuições e poderes, como órgão permanente de coordenação e acompanhamento da situação quotidiana das forças e serviços que concorrem diretamente para a segurança interna", anunciou.
Ulisses Correia e Silva afirmou que "desde 2016" que "tem havido uma evolução positiva ao nível das ocorrências criminais no país", contudo, desde julho, particularmente a cidade da Praia, "tem registado um aumento de crimes e situações de violência em alguns bairros".
"A nossa mensagem é clara: O crime está a ser combatido e continuará a ser combatido com mais determinação ainda", sublinhou.
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