Dono da Tesla diz que presidente dos EUA está na lista pedófila de Epstein. Zanga acontece após 'namoro' de meses.
O Presidente dos EUA ameaçou romper, na quinta-feira, os contratos estatais com empresas de Elon Musk, dono da Tesla, da rede social X (antigo Twitter) e da SpaceX, entre outras, que Donald Trump tinha nomeado no início do mandato para chefiar o DOGE, Departamento de Eficiência Governamental.
O que aconteceu então para que dois amigos recentes, reformistas para uns, causadores do caos mundial, para outros, ficassem de costas voltadas assim de repente? As desavenças foram subindo de tom nos corredores do poder de Washington quando Donald Trump decidiu mexer nas normas relativas às políticas de descarbonização do tempo do antecessor, Joe Biden. E que, no essencial, davam incentivos à eletrificação automóvel em detrimento dos carros com motor de combustão. Ora, a medida tocou diretamente no bolso do dono da Tesla, marca bandeira (agora caída em relativa desgraça) do setor automóvel elétrico.
A gota de água para a irritação de Musk – que Trump disse estar “louco” – terá sido, no entanto, a proposta de legislação tributária que Trump pretende ver aprovada no Congresso e que Musk criticou ferozmente. “Nunca me mostraram esse projeto de lei, e ele foi aprovado da noite para o dia. Tão rápido que quase ninguém no Congresso conseguiu lê-lo!”, acusou Musk. O peculiar multimilionário acusaria o Presidente de “ingratidão” e acabaria por afirmar que, sem ele, Trump não teria sido eleito.
Na pública lavagem de roupa suja entre os dois, através das redes sociais propriedade de cada um, Musk anunciou ainda “uma bomba realmente grande” e escreveu que a lista de pessoas envolvida na rede de pedofilia de Jeffrey Epstein não era revelada porque nela constaria o nome de Donald Trump.
Epstein foi preso em Palm Beach, na Florida, em 2005, após ter sido acusado de pagar a uma menina de 14 anos em troca de sexo. Dezenas de outros menores descreveram abusos sexuais do género e, em consequência, algumas celebridades, nomeadamente Donald Trump, afastaram-se de Epstein após a condenação. Jeffrey Epstein cometeu suicídio na prisão antes de ser julgado.
Este furacão de acusações começou esta quinta-feira quando o novo chanceler alemão, Friedrich Merz, efetuava a primeira visita oficial à Casa Branca, em Washington.
A rutura entre duas personalidades tão fortes quanto egocêntricas era uma questão de tempo e adivinhava-se desde que Elon Musk decidiu investir 250 milhões de dólares (cerca de 220 milhões de euros) na campanha do republicano.
Na semana passada, Musk abandonou o DOGE com elogios de Trump, apesar de ter falhado as metas do corte de custos federais. E ainda assim, foi o responsável pelo despedimento de milhares de funcionários federais e corte de contratos que lhe valeram um desgaste de imagem e a quebra significativa de vendas da Tesla nos EUA e no resto do Mundo.
Zanga de ‘amigos’ custa muitos milhões
A troca de acusações entre Donald Trump e Elon Musk fez com que a fortuna do homem mais rico do Mundo caísse 30 mil milhões de euros num dia. As ações da Tesla caíram 14% esta sexta-feira. É certo que Elon Musk continua a ser o homem mais rico do Mundo (com perto de 294 mil milhões de euros), mas a queda registada na sexta-feira é a segunda maior verificada num só dia.
Trump admite recusar Tesla vermelho
A peculiar zanga de Trump e Musk pode levar o Presidente dos EUA a desfazer-se do Tesla que exibiu em Washington numa ação de apoio à marca de carros elétricos. O automóvel vermelho, que transformou a Casa Branca num stand de automóveis, ainda está estacionado na residência oficial de Trump, que agora o poderá vender ou doar.
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