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Trump garante que decreto anti-imigração "não visa muçulmanos"

"Isto não tem nada a ver com a religião", assegura Presidente dos EUA.

29 de janeiro de 2017 às 23:22

O Presidente norte-americano, Donald Trump, declarou este domingo que o decreto de encerramento das fronteiras a alguns refugiados e estrangeiros não visava especialmente os muçulmanos, ao mesmo tempo que cresce a contestação mundial à medida.

"Para que as coisas sejam claras, não se trata de uma proibição contra os muçulmanos, como os 'media' noticiam falsamente", afirmou.

"Isto não tem nada a ver com a religião, trata-se de terrorismo e da segurança do nosso país", sublinhou.

O milionário sublinhou que os sete países atingidos pela proibição (Iraque, Irão, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen) figuravam numa lista de nações usada durante a administração de Barack Obama: as pessoas que se tinham deslocado a estes Estados nos últimos cinco anos deixaram de ter direito a voltar aos Estados Unidos sem visto.

Trump afirmou também que a administração Obama tinha suspendido a atribuição de vistos a refugiados iraquianos durante seis meses, em 2011.

"Há mais de 40 países no mundo que têm uma maioria muçulmana e que não são afetados por este decreto", disse.

"A América sempre foi uma terra de liberdade e a pátria dos bravos. Manteremos a liberdade e a segurança, como os 'media' sabem, mas se recusam a dizer", acrescentou o Presidente norte-americano.

Trump recordou que a atribuição de vistos será retomada após o prazo de 90 dias de suspensão, altura em que novos procedimentos de controlo devem entrar em funcionamento.

Dezasseis procuradores-gerais dos Estados Unidos condenam decreto anti-imigração de Trump

Os procuradores-gerais de 16 estados federados, em representação de perto de um terço da população norte-americana, condenaram hoje o decreto anti-imigração do Presidente Donald Trump, que prometeram "combater com todos os meios disponíveis".

"Condenamos o decreto do Presidente Trump, que é contrário à Constituição, aos valores da América e ilegal, e vamos trabalhar em conjunto para garantir que o governo federal obedece à Constituição, respeita a nossa história de nação fundada sobre a imigração e não visa ninguém apenas por causa da sua nacionalidade ou da sua fé", afirmaram os 16 procuradores democratas, em comunicado.

Ao lembrar que vários juízes já bloquearam uma parte do decreto, os 16 procuradores-gerais ('attorney general') prometeram fazer tudo ao seu alcance "para preservar a segurança nacional e os valores fundamentais" dos Estados Unidos.

Os procuradores-gerais afirmaram estar convencidos de que o decreto será anulado pela Justiça, e prometeram, enquanto esperam essa decisão, atuar de maneira "a que o menor número possível de pessoas sofra com a situação caótica que causou".

Além do procurador-geral do Estado do Illinois (centro), que tomou a iniciativa desta declaração, assinaram-na os representantes da Califórnia, Connecticut, Distrito de Columbia (capital), Hawai, Iowa, Maine, Maryland, Massachusetts, Novo México, Nova Iorque, Oregon, Pensilvânia, Vermont, Virgínia e Washington.

Na sexta-feira, o Presidente norte-americano, Donald Trump, assinou um decreto que impõe restições de entrada nos Estados Unidos a refugiados e imigrantes oriundos de sete países: Irão, Iraque, Síria, Líbia, Somália, Sudão e Iémen.

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