Estados Unidos completaram no sábado um mês de paralisação governamental, pelo que 1,4 milhões de funcionários federais estão sem salário há um mês.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, responsabilizou esta quarta-feira os democratas, que qualificou como 'kamikazes' (suicidas), pela mais longa paralisação orçamental nos Estados Unidos e apelou aos republicanos para avançarem com firmeza no Congresso.
"Esses tipos são 'kamikazes'. Destruirão o país se for preciso", afirmou Trump na Casa Branca, a sede da presidência, em Washington DC, perante senadores republicanos, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
A paralisação entrou hoje no 36.º dia e tornou-se a mais longa de sempre nos Estados Unidos, com 1,4 milhões de funcionários federais sem salário, cortes em programas federais, atrasos em voos e encerramento de creches.
O recorde anterior, de 35 dias, também pertencia a Trump e ocorreu no primeiro mandato, em 2019, quando exigiu financiamento para construir o muro na fronteira com o México, que não obteve.
Trump voltou a pedir hoje aos senadores do seu partido para que eliminem a regra do "filibuster", que exige uma maioria de 60 votos para aprovar um projeto de lei orçamental, o que permitiria contornar o bloqueio democrata.
"Temos de reabrir o Governo o quanto antes", disse hoje aos senadores republicanos na Casa Branca, também citado pela agência de notícias norte-americana The Associated Press (AP).
A questão dos subsídios para a saúde está no centro do impasse no Congresso entre republicanos e democratas, que não conseguiram chegar a acordo sobre a aprovação de um novo orçamento.
Embora os republicanos detenham a maioria de 53-47 no Senado (câmara alta do Congresso), são necessários votos de democratas para chegar aos 60 necessários para aprovar o orçamento.
Um projeto de lei da Câmara dos Representantes (câmara baixa), promovido pelos republicanos para permitir o financiamento temporário do Governo federal, tem sido sucessivamente reprovado no Senado desde o início de outubro.
Trump considerou o atual impasse com um "grande fator negativo" que contribuiu para as derrotas eleitorais do Partido Republicano na terça-feira.
Há expectativas de que o bloqueio político se desfaça quando os resultados eleitorais forem totalmente apurados nas eleições de terça-feira, consideradas um barómetro da opinião pública sobre o segundo mandato de Trump.
Os democratas venceram várias disputas importantes, o que deverá alterar o equilíbrio político dentro do partido, dividindo-o entre os que querem continuar a lutar pelos fundos de saúde e os que desejam encerrar o impasse.
Trump mantém-se firme na recusa de negociar com os democratas sobre os subsídios de saúde até que aceitem reabrir o Governo, mas os opositores duvidam das suas intenções, sobretudo após restrições impostas ao apoio alimentar.
O líder republicano tem estado afastado do diálogo, mas não tem sido o único a evitá-lo, dado que o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, enviou os deputados para casa em setembro, recusando novas negociações.
O secretário dos Transportes, Sean Duffy, alertou para um possível caos aéreo na próxima semana, caso os controladores de tráfego aéreo falhem outro pagamento, e os sindicatos têm pressionado o Congresso para reabrir o Governo.
O líder da maioria no Senado, John Thune, afirmou que os Estados Unidos estão a viver não só a mais longa, mas também "a mais grave paralisação orçamental de que há registo".
Thune apelou aos democratas para que aceitem votar a questão do financiamento da saúde e continuar as negociações após a reabertura do Governo, argumentando que "ninguém sai vencedor" do impasse.
"As paralisações são estúpidas", disse o senador, segundo a AP.
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