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Twitter recusa pedido do Governo do Brasil para tirar do ar publicações que incentivam ataques a escolas

Reunião decorreu esta segunda-feira em Brasília.

11 de abril de 2023 às 20:08

Numa reunião em que os ânimos se exaltaram devido à postura radical da plataforma, o Twitter recusou um pedido do governo brasileiro para tirar do ar publicações que incentivam ataques a escolas e expõem as vítimas dessa violência. A reunião aconteceu esta segunda-feira em Brasília com a presença do ministro da Justiça, Flávio Dino, e da assessora da pasta para as redes sociais, Stela Aranha, que ficaram indignados.

A advogada que representou o Twitter mostrou-se inflexível na defesa da autonomia da plataforma em decidir a sua própria política de exibição de conteúdos e recusou todos os pedidos do Brasil para retirar do ar fotos de vítimas de ataques em escolas, imagens de assassinos que perpetraram atos sangrentos em estabelecimentos de ensino e, bem assim, mensagens que incentivam esse tipo de violência.

Desde que o multimilionário Elon Musk comprou o Twitter e mudou todas as regras da plataforma, as autoridades brasileiras passaram a ter muita dificuldade em contar com a colaboração daquela rede no sentido de eliminar publicações que incentivam o ódio.

Na reunião em Brasília, em que participaram representantes de outras plataformas, que se comprometeram a retirar conteúdos de ódio das suas redes, o ministro da Justiça e Segurança Pública pediu a todos que retirassem do ar cerca de 400 mensagens que incentivam ou podem incentivar ataques extremistas a escolas e provocar mais mortes de inocentes.

Só o Twitter recusou, e a representante da plataforma, de acordo com participantes na tensa reunião, terá chegado a dizer que a exibição de imagens de assassinos ou de vítimas ensanguentadas não levam ninguém, na opinião dela, a cometer crimes semelhantes.

Os ataques a escolas estão a ter um aumento assustador no Brasil, e só nas duas últimas semanas já provocaram a morte de cinco pessoas e ferimentos em 16, três deles levados a cabo por adolescentes.

No quarto, perpetrado por um homem de 25 anos na semana passada numa creche na cidade turística de Blumenau, quatro crianças foram mortas à machadada e outras quatro ficaram bastante feridas.

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