Imóvel onde ocorreu a explosão era usado como depósito clandestino de pólvora. Inquilino de 79 anos tinha cadastro policial e era suspeito de ligação ao crime organizado.
Uma violenta explosão, tão forte que foi ouvida até em outros bairros, deixou na noite desta quinta-feira uma pessoa morta e pelo menos outras 10 feridas e um verdadeiro cenário de guerra no bairro do Tatuapé, uma área nobre na zona leste da cidade brasileira de São Paulo. Os estragos são incalculáveis e estendem-se, em maior ou menor grau, por vários quarteirões.
A explosão aconteceu perto das 19h45 locais, 22 e 45 em Lisboa, numa residência na esquina da Avenida Celso Garcia com a Avenida Salim Farah Maluf, dois importantes corredores de tráfego no centro de uma região extremamente comercial e residencial. Após a detonação, que levou pânico a milhares de pessoas ao imaginarem que teria sido um atentado ou a explosão do posto de combustíveis localizado perto da casa, os moradores ficaram a saber, estupefactos, que o imóvel era usado como depósito clandestino de produtos explosivos, nomeadamente pólvora.
De acordo com a polícia paulista, o inquilino do imóvel, um homem de 79 anos que morreu no local, tinha cadastro policial e era suspeito de ligação ao crime organizado. Os vizinhos praticamente nem o conheciam, pois ele não saía de casa durante o dia, e quem mora na vizinhança só ouvia barulho durante a madrugada, quando ele saía e voltava com o carro, provavelmente a carregar os explosivos.
A polícia suspeita que esses produtos e outros materiais encontrados na habitação seriam utilizados na confeção de balões gigantes, que chegam a ter 30 metros de altura e voam carregados de explosivos e gás, proibidos no Brasil. E, especularam agentes da polícia, na preparação de explosivos artesanais utilizados pelas quadrilhas de roubo a caixas multibanco, informação no entanto não confirmada oficialmente.
Dezenas de imóveis nas duas ruas e em ruas próximas foram atingidos pela explosão e pela fortíssima deslocação de ar que ela provocou, tendo até à manhã desta sexta-feira sido 21 deles interditados, por não terem mais condições de habitabilidade. Dezenas de outros imóveis tiveram os telhados arrancados e arremessados longe, forros de teto caíram, paredes ficaram rachadas e muitas janelas de vários prédios na vizinhança voaram pelos ares.
Esta sexta-feira, quem passava pelo local, um dos mais movimentados de toda a cidade, deparava-se com um cenário de devastação, com casas e comércios destruídos, escombros no meio das vias e uma quantidade enorme de veículos destruídos, amassados ou sem pára-brisas. A violência da explosão foi tão grande que pedaços de concreto e telhas foram parar dentro de frigoríficos nas casas de moradores da área, e dentro das 21 residências interditadas até agora não dá para aproveitar nada, quer pelo grau de destruição de móveis e eletrodomésticos, quer pelo fumo decorrente do grande incêndio que se seguiu e da grossa camada de pó que tomou conta de tudo.
Uma das pessoas feridas, uma mulher de 42 anos, estava esta sexta-feira hospitalizada na UTI, Unidade de Tratamento Intensivo, de um hospital da região, com traumatismo craniano Ela estava na cozinha a preparar o jantar quando a explosão ocorreu a algumas casas de distância, foi levantada do chão pela deslocação de ar e arremessada com violência contra a parede dos fundos.
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