Transporte e armazenamento da vacina da Pfizer adquirida pela UE é problema, pois necessita de temperaturas de -70 a -80 graus.
A vacina da Pfizer, que os países da União Europeia vão adquirir, só pode ser armazenada em ultrafrio, a temperaturas de -70 graus a -80 graus. A própria Organização Mundial da Saúde reconhece que o transporte e armazenamento desta vacina é um problema global. Em Espanha, a indústria do frio já está a fabricar frigoríficos específicos para serem distribuídos pela Europa.
Esta quarta-feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, garantiu que Portugal está a preparar-se para administrar as primeiras vacinas em janeiro. Como armazenar, onde será feita a toma e quem serão os primeiros a ser vacinados são algumas das decisões que deverão ser tornadas públicas “no início de dezembro”, garantiu.
As palavras da ministra surgiram após críticas da bastonária da Ordem dos Farmacêuticos. Na Convenção Nacional da Saúde, Ana Paula Martins disse ser “completamente leviano fazer considerações sobre a distribuição da vacina sem saber exatamente quais as primeiras que vão chegar ao mercado, quais as condições de refrigeração para as manter e quais os grupos primários a vacinar”. No mesmo encontro, António Ferreira, internista do Hospital de São João (Porto), alertou para o tempo que ainda pode demorar até que haja uma vacina aprovada. “Tive informações de um diretor de uma grande empresa que produz seringas, que dizia que mesmo produzindo 24 sobre 24 horas, sete dias por semana, sem paragem, a capacidade de produzir essas seringas não chega para responder imediatamente às necessidades da população mundial”, afirmou.
Ao contrário de outras vacinas, que podem ser guardadas num frigorífico comum por várias semanas, a vacina para a Covid-19 que a Pfizer espera começar a distribuir até final do ano – 50 milhões de doses, sendo que a UE acordou comprar 200 milhões numa primeira fase e mais 100 milhões adicionais – requer uma organização quase perfeita desde que sai da fábrica (que na Europa localiza-se na Bélgica) até que é administrada, pois aguenta poucos dias em temperaturas de 2 a 8 graus. A farmacêutica norte-americana, que anunciou que a vacina tem uma eficácia de 95%, já explicou que o transporte será em contentores termais cheios de gelo seco (dióxido de carbono sólido). Cada contentor tem 975 frascos e cada frasco contém 5 doses. Camiões levam os contentores para as transportadoras. Assim que as caixas chegam ao destino, podem ser abertas por pouco tempo, apenas duas vezes por dia.
O transporte de gelo seco obriga a autorizações especiais das autoridades de aviação civil, pois pode ser um perigo para a tripulação se passar do estado sólido para o gasoso. A TAP já anunciou que está a garantir que tem as parcerias e meios necessários para poder fazer o transporte das vacinas em contentores refrigerados.
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