Mateusz Morawiecki diz que o país se vai concentrar no seu próprio armamento.
O primeiro-ministro polaco revelou esta quarta-feira que o seu país deixou de fornecer armas a Kiev, para se concentrar no seu próprio armamento, horas depois das palavras do Presidente ucraniano sobre o veto de cereais da Ucrânia.
"Já não transferimos armas para a Ucrânia, porque nos armamos com as armas mais modernas", frisou Mateusz Morawiecki, questionado por um jornalista sobre o apoio militar e humanitário da Polónia à Ucrânia, apesar do conflito sobre os cereais.
O primeiro-ministro não disse quando a Polónia, que é um dos maiores fornecedores de armas da Ucrânia, deixou de fornecê-las, nem se esta decisão teve algo a ver com o conflito em torno dos cereais ucranianos.
"Estamos principalmente concentrados na modernização e no armamento rápido do Exército polaco, para que se torne um dos Exércitos terrestres mais poderosos da Europa, e num espaço de tempo muito curto", apontou.
Mateusz Morawiecki destacou ainda que o centro militar localizado na cidade de Rzeszow, no sudeste do país, por onde passam equipamentos ocidentais destinados à Ucrânia, está a funcionar normalmente.
As autoridades polacas convocaram hoje o embaixador ucraniano em Varsóvia, Vasil Zvarich, em protesto contra as palavras de Volodymyr Zelensky, sobre o veto de cereais da Ucrânia, numa escalada de críticas entre os dois países.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros indicou que o seu objetivo é responder às palavras de Zelensky, que afirmou durante a sua visita a Nova Iorque por ocasião da Assembleia-Geral das Nações Unidas que "alguns países estão a ajudar a preparar um palco para o surgimento de um ator de Moscovo".
Em resposta, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, ameaçou hoje, em declarações ao canal polaco Polsa, adicionar mais produtos à lista de importações ucranianas bloqueadas se Kiev "intensificar o conflito" sobre esta questão.
O chefe do executivo polaco publicou ainda um vídeo nas suas redes sociais em que recordou que o seu país "foi o primeiro a fazer muito pela Ucrânia" e por isso espera que os seus interesses sejam compreendidos e promete defendê-los "com toda a determinação".
A Polónia, juntamente com a Hungria e a Eslováquia, decidiu prorrogar unilateralmente a proibição de importação de produtos agroalimentares da Ucrânia, depois de Bruxelas ter levantado as restrições impostas a pedido destes países em 15 de setembro.
Em resposta, a Ucrânia apresentou na segunda-feira uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC), o que, comentou hoje Morawiecki, "significa apenas que alguém, neste caso o lado ucraniano, não compreende a desestabilização [a entrada de produtos ucranianos] no mercado agrícola polaco.
A escalada verbal entre a Polónia e a Ucrânia intensificou-se com o discurso na terça-feira do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante a reunião da Assembleia-Geral das Nações Unidas em Nova Iorque.
Mais tarde, o Presidente polaco Andrzej Duda respondeu a estas declarações, dizendo à imprensa que "qualquer pessoa que já tenha participado no resgate de uma pessoa que se afoga sabe que é extremamente perigoso e pode arrastá-la até às profundezas".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.