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"Se Putin tivesse algo contra mim já tinha mostrado"

Donald Trump mandou calar e insultou jornalista da CNN.

11 de janeiro de 2017 às 16:12

O Presidente-eleito dos EUA, Donald Trump, deu esta quarta-feira a primeira conferência de imprensa, em ambiente envolto em polémica com o alegado dossiê de um ex-espião do MI6, enviado a Trump e Obama, que garante que espiões russos têm "na sua posse material mais do que suficiente para envergonhar e chantagear Donald Trump, caso assim o desejem". O Presidente-eleito assegura que a história é disparatada, falsa e afirma que é "germófobo" e que "se Putin tivesse algo" contra si "já o tinha mostrado". Donald Trump garantiu ainda que o muro na fronteira entre os EUA e o México "vai ser construído em menos de um ano e meio" e que será o Governo mexicano a pagar. "Serão reembolsados depois", assegurou. Trump causou ainda polémica ao mandar calar e insultar um jornalista da cadeia CNN.

A conferência de imprensa começou com o porta-voz de Trump a criticar os "órgãos ao serviço da política liberal de direita e as notícias falsas que atacam o Presidente-eleito".

Em seguida o vice-Presidente-eleito, Mike Pence, diz-se honrado por estar a trabalhar ao lado de Trump, "o presidente que vai tornar a América grande outra vez", afirmou. Elogiou a campanha feita por Donald Trump e assegurou que o processo de transição foi irrepreensível e que o magnata preparou "uma equipa de excelência" para liderar o país.

Em seguida, Pence referiu-se à polémica de que Trump tem sido alvo nos últimos dias. "Com a liberdade vêm responsabilidade. E é irresponsabilidade das organizações noticiosas que se propaguem notícias falsas em tentativas de denegrir o Presidente-eleito e a sua administração".

Em seguida, foi anunciado Donald Trump, que agradeceu aos órgãos de comunicação que não divulgaram as alegadas notícias falsas sobre si. "Tenho de agradecer a muitos órgãos noticiosos que não ligaram às notícias falsas que circulam sobre mim, orquestradas por, quem sabe, organizações de inteligência, e que, mesmo não me tendo tratado bem nos últimos anos, não divulgaram as histórias falsas de que tanto se tem falado, em particular num canal de televisão", defendeu.

Trump anunciou a construção de uma fábrica de automóveis, no Michigan, "ao invés de no México", e que vai aplicar o mesmo modelo a vários sectores da indústria americana.

"Todos sabem que sou germófobo"

Sobre as acusações de ter contratado prostitutas para urinarem na cama de um hotel na Rússia, no quarto onde dormiram Barack e Michelle Obama, Trump assegurou que a história é "ridícula". "É informação classificada, li e recebi e tudo são noticias falsas. Não aconteceu; foi um grupo de oponentes, pessoas doentes, que montaram essa porcaria. Alguém o relevou, nem devia estar escrito em papel. É uma desgraça."

Em relação aos casos de 'hacking', Trump afirma que os piratas informáticos podem não ser apenas russos. "Pode ser a China", afirma o Presidente-eleito, garantindo que tem as melhores seis pessoas do mundo na área a resolver o problema. Referiu ainda que tentaram piratear o site do Comité Republicano e não conseguiram.

Questionado sobre como tinha recebido a notícia de que a Rússia também tinha negado a veracidade da polémica, Trump afirma que respeita Vladimir Putin. "Respeito o Putin por ter dito isso. 'Hacking' é mau e não devia ser feito". Em seguida, acusou Hillary de ter recebido as perguntas para o debate presidencial: "Se fosse eu era a melhor história de sempre e ninguém falou disso".

"Se o Putin gosta de Trump, acho que é excelente. Sempre tivemos uma relação difícil com a Rússia, e pode ser essencial no combate com o Daesh. Se ele gosta de mim é uma mais-valia, não uma fraqueza".

Trump continuou: "Se Putin tivesse algo contra mim já tinha mostrado. Toda a história é disparatada, vocês até sabem que sou germófobo [tem pavor a germes]. Não devo nada à Rússia, não tenho negócios nem assuntos pendentes com a Rússia".

Finalmente, Trump foi novamente questionado sobre se vai mostrar as declarações fiscais, prática comum e generealizada entres os Presidentes dos EUA. "Não, não vou. Informe-se sobre os procedimentos fiscais. Só você se preocupa com isso, os americanos não querem saber disso", disse Trump à jornalista que o questionou.

Muro entre os EUA e México "em menos de um um ano e meio"

Assim que for aprovado o novo plano, vai deixar de estar em acção o plano Obamacare, que será trocado por outro melhor e mais barato para os contribuintes. É um favor que faço aos democratas", afirmou Donald Trump.Insultos a jornalista da CNN

Questionado sobre a ideia apresentada na campanha eleitoral, de que iria construir um muro na fronteira entre os EUA e o México, Trump garante que vai para a frente com o projeto. "Respeito muito o Governo e o povo mexicano. São fantásticos. Não os culpo pelo que acontece, por se aproveitarem dos EUA. O muro vai ser construído, espero que em menos de um ano e meio. Eles vão pagar. Mas serão reembolsados", afirmou o Presidente-eleito.

Assim que for aprovado o novo plano, vai deixar de estar em acção o plano Obamacare, que será trocado por outro melhor e mais barato para os contribuintes. É um favor que faço aos democratas", afirmou Donald Trump.

Questionado sobre a ideia apresentada na campanha eleitoral, de que iria construir um muro na fronteira entre os EUA e o México, Trump garante que vai para a frente com o projeto. "Respeito muito o Governo e o povo mexicano. São fantásticos. Não os culpo pelo que acontece, por se aproveitarem dos EUA. O muro vai ser construído, espero que em menos de um ano e meio. Eles vão pagar. Mas serão reembolsados", afirmou o Presidente-eleito.

Insultos a jornalista da CNN

O site Buzfeed e o canal CNN têm dado especial relevo à polémica das alegadas revelações de um ex-espião do MI6 e Trump acabou por atacar estes meios de comunicação. "O Buzzfeed é um monte de tretas e a CNN é uma desgraça. Dão notícias falsas", afirmou o magnata.

O jornalista da CNN presente, e que até ali tinha sido ignorado, levantou-se e pediu: "Uma vez que está a atacar o meu meio de comunicação, posso dirigir-lhe uma pergunta?". Trump negou o pedido uma e outra vez. Perante a insistência do jornalista, o Presidente-eleito mandou-o calar e insultou-o. "Sente-se, já lhe disse! Cale-se e deixe a sua colega fazer uma pergunta. Eu não lhe vou responder. Você e o seu canal são falsos, só dão notícias falsas!", disse Trump.

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