"Não consigo apagar da memória a carnificina a que assisti", conta uma mulher. Homenagens têm-se multiplicado.
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A comunidade de São Francisco continua em choque com o violento acidente que matou uma portuguesa, o seu marido e um dos filhos do casal, no sábado.
As homenagens às três vítimas multiplicaram-se e foi até criado um memorial para homenagear Matilde, de 40 anos, Diego, de 38 e Joaquin, com cerca de um ano.Além dos emocionantes discursos em memória da família, são vários os relatos chocantes e impressionantes do trágico acidente que já levou à detenção de uma idosa.
"Como pode um carro ir tão rápido e destruir toda a paragem de autocarro", desabafou Johanna Dimayuga, um vizinho que assistiu ao acontecimento.
Testemunhas relataram que o carro ia a cerca de 90 quilómetros por hora, e em contramão. No chão não se viam marcas dos pneus.
A vizinha confessou que é "desolador" ver aquele cenário e que continua em choque. "É muito difícil deixar de ver o que vimos. Ainda estou a tremer", partilhou.
Após as notícias da morte, várias pessoas dirigiram-se ao local para prestar homenagem às vítimas. O único sobrevivente foi outro filho do casal, com poucos meses.
"Não consigo apagar da memória a carnificina a que assisti", acrescentou Johanna.
Segundo relatos, o pai terá sido projetado mais de 20 metros e morreu no local. A mãe e o bebé, que acabaria por morrer, foram levados para o hospital ainda com vida.
"O carrinho do bebé ficou destruído", explicou outra vizinha, que afirmou que Joaquin estaria dentro do carrinho quando foi atingido.
O bebé com cerca de um ano foi projetado mais de 18 metros. Nesse local, foi criado um memorial de homenagem.
"Só tens vontade de abraçar muito os teus filhos e ser agradecida por cada momento que tens com os outros", contou a vizinha Michelle McCauley, citada pela CBS News. A mulher levou o marido e os filhos ao memorial.
Um grupo de defensores dos pedestres em São Francisco fez outro memorial, na paragem de autocarro, com um carrinho de bebé branco e três pares de sapatos - um por cada vítima.
Os populares foram motivados pelo grupo a levarem flores, animais de peluche e brinquedos para a paragem de autocarro onde aconteceu o acidente.
Na segunda-feira foi ainda realizada uma vigília.
Procurador local pede calma
Brook Jenkins, procurador de São Francisco, pede aos populares para terem calma e confiar no trabalho dos investigadores.
"Apesar de perceber que há uma vontade imediata de saber o que vai acontecer neste caso, eu peço a todos muita paciência, enquanto os investigadores continuam a procurar mais informação, para conseguirmos fazer decisões corretas."
"Os carros têm de ser analisados minuciosamente para perceber se algum problema mecânico teve reflexo no acidente", concluiu.
No hospital, para onde foi levada após o acidente, a idosa, de 78 anos, reagiu, em comunicado, ao sucedido.
A mensagem assinada pelo advogado da detida revela que esta está a colaborar com as autoridades, e pede que seja respeitada a sua privacidade.
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