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Venâncio Mondlane diz que novo partido moçambicano Anamola registou 15 mil membros em sete horas

Pelo menos 300 participantes, entre nacionais e estrangeiros, são esperados no primeiro Conselho Nacional do Anamola.

21 de setembro de 2025 às 16:59

O político Venâncio Mondlane anunciou este domingo que 15 mil pessoas registaram-se membros da Aliança Nacional por um Moçambique Livre e Autónomo (Anamola), partido que fundou, nas primeiras sete horas, traçando o objetivo de chegar a três milhões.

"Desde que nós lançámos o aplicativo, estávamos com 15.000 inscritos, em sete horas de tempo", declarou Venâncio Mondlane, ao intervir na primeira sessão ordinária do Conselho Nacional do Anamola - a que presidente interinamente -, que decorre desde sábado na cidade da Beira, província de Sofala, centro do país.

Mondlane disse que o elevado número de pedidos de registo na página de Internet disponibilizada desde sábado exigiu o aumento da capacidade do processador do programa de cadastro de membros: "Quando o nosso coordenador do centro de desenvolvimento tecnológico, que é um jovem que está em Portugal, me mostrou, disse que a temperatura do processador estava já passando de 100% para 105%. Então, eu perguntei, agora qual é a solução, essas pessoas não se podem inscrever? [ele] disse que temos que triplicar a capacidade do processador".

Pelo menos 300 participantes, entre nacionais e estrangeiros, são esperados no primeiro Conselho Nacional do Anamola, na província de Sofala, evento que se iniciou com o lançamento oficial do movimento político.

Trata-se da primeira sessão ordinária do Conselho Nacional do Anamola, que vai decorrer até segunda-feira, constando entre os assuntos do debate a eleição dos quadros definitivos e a aprovação dos instrumentos internos.

Na sua intervenção, o político moçambicano, candidato presidencial em outubro passado, garantiu o reforço da segurança do sistema, para evitar ataques cibernéticos e assumiu o objetivo de chegar a três milhões de membros do Anamola.

"Pedi o reforço da segurança porque uma das coisas que vão investir não é apresentarem um projeto político alternativo bom para o povo, ou fazer mobilização política para ganharem membros. Não, o que eles vão tentar fazer agora é abater o nosso sistema (...), então vamos reforçar as defesas e acredito que até à próxima convenção nacional, de certeza absoluta, a Anamola terá no mínimo três milhões a três milhões e meio de membros inscritos e comprovados", disse, entre críticas ao Governo e à Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder).

Mondlane manifestou ainda a pretensão de dominar a nível nacional a produção de propostas legislativas nos próximos tempos.

"Temos muitas propostas, então o que queremos é nos próximos tempos dominar a nível nacional a produção de propostas legislativas, quer dizer, não pode haver, nem o próprio parlamento não pode produzir propostas de lei como a Anamola vai produzir, portanto essa é uma das nossas ambições", concluiu.

O partido Anamola foi aprovado em 15 de agosto pelo Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos de Moçambique, num pedido de registo que deu entrada em abril.

Venâncio Mondlane, candidato presidencial nas eleições gerais de 2024 e que não reconhece os resultados dessa votação, contesta a Frelimo, liderada por Daniel Chapo, vencedor do escrutínio de 9 de outubro num clima de forte agitação social e com registo de cerca de 400 mortos em confrontos com a polícia, conflitos que cessaram após dois encontros entre Mondlane e Chapo, com vista à pacificação do país.

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