Presidente da Comissão Europeia revela que vai nomear um painel de peritos para a aconselhar, "até ao final deste ano, sobre a melhor abordagem para a Europa".
A presidente da Comissão Europeia admitiu esta quarta-feira proibir redes sociais na União Europeia (UE) a crianças, estudando tal limitação até final do ano, enquanto garantiu que será sempre o espaço comunitário a definir regras no digital.
"Tal como nos meus tempos -- nós, como sociedade -- ensinávamos aos nossos filhos que não podiam fumar, beber e ver conteúdo adulto até uma certa idade. Acredito que é hora de considerarmos fazer o mesmo com as redes sociais", afirmou Ursula von der Leyen.
Na sessão plenária do Parlamento Europeu na cidade francesa de Estrasburgo, no primeiro discurso sobre o Estado da União do segundo mandato e o quinto do seu percurso europeu, a líder do executivo comunitário apontou que a Austrália "é pioneira numa restrição às redes sociais", após ter definido que menores de 16 anos não podem criar nem manter contas, estando as plataformas digitais obrigadas a impedir esse acesso.
"Estou a acompanhar de perto a implementação desta política [da Austrália] para ver quais os próximos passos que podemos dar aqui na Europa. Vou nomear um painel de peritos para me aconselhar, até ao final deste ano, sobre a melhor abordagem para a Europa", disse Ursula von der Leyen.
A presidente da Comissão Europeia prometeu "abordar esta questão com cuidado e ouvir todos".
Ursula von der Leyen fez esta quarta-feira o seu quinto discurso sobre o Estado da União e o primeiro do novo mandato, quando enfrenta críticas relacionadas com o desequilíbrio europeu face aos Estados Unidos, depois de a presidente da Comissão Europeia ter concluído um polémico acordo comercial que prevê tarifas norte-americanas de até 15%.
Apesar de garantir que a UE conseguiu "o melhor acordo possível" com os Estados Unidos, Ursula von der Leyen aproveitou para se defender das ameaças que depois se seguiram por parte do Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre eventual taxação no espaço comunitário às 'gigantes' tecnológicas norte-americanas.
"Quero ser absolutamente clara num ponto: quer se trate de regulação ambiental ou digital nós definimos as nossas próprias normas, estabelecemos as nossas próprias regras e a Europa decidirá sempre por si mesma", assegurou Ursula von der Leyen.
Quando a UE e os Estados Unidos são os maiores parceiros económicos mundiais, a líder do executivo comunitário destacou inclusive que esta relação comercial "é a mais importante".
"Exportamos todos os anos mais de 500 mil milhões de euros em bens para os Estados Unidos, milhões de empregos dependem disso e, como presidente da Comissão Europeia, nunca arriscarei os empregos ou o sustento das pessoas", referiu, defendendo-se das críticas sobre o acordo comercial entre Bruxelas e Washington
"É por isso que fizemos um acordo para manter o acesso ao mercado para as nossas indústrias", acrescentou, indicando ter evitado "as repercussões de uma guerra comercial total com os Estados Unidos", que traria "o caos".
Ainda ao nível comercial, defendeu a diversificação das parcerias, quando 80% do comércio europeu é feito com países que não os Estados Unidos.
"Precisamos de capitalizar novas oportunidades", concluiu, falando sobre acordos com blocos comerciais como México ou Mercosul.
Realizado anualmente perante o Parlamento Europeu, o discurso sobre o Estado da União da presidente da Comissão Europeia serve para definir prioridades para a União no ano que se segue e anunciar novas iniciativas, após uma reflexão sobre o ano que passou.
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