Três dias depois, está fixado com suficiente segurança o conjunto de acontecimentos da madrugada de sexta-feira, no Porto. Tudo o que foi relatado em diversas reportagens indica que estamos perante um crime gravíssimo, que ultrapassa uma fronteira muito séria de racismo e de xenofobia na nossa sociedade. A residência de um conjunto de cidadãos imigrantes foi invadida selvaticamente por um bando de criminosos, que espancou, perseguiu e humilhou quem lá estava, violando todos os princípios sagrados de um Estado de direito que se preze. O ataque parece ter sido motivado pelo racismo contra um conjunto de pessoas que descansava em casa, numa zona onde, para seu azar, ocorrem crimes, como temos noticiado aqui no CM. Sejamos claros: a polícia deve colocar imediatamente um ponto final na criminalidade que ocorre na zona, com todos os meios que forem necessários. Isso é um imperativo político imediato. Porém, nada tem a ver com o ato racista. O ataque à casa dos imigrantes é suficientemente grave para exigir uma intervenção urgente, determinada e implacável do Estado, que deve fazer tudo para levar à Justiça os responsáveis por esta selvajaria. Há realidades com as quais não se brinca. Portugal não pode assobiar nem olhar para o lado perante o relato desta triste madrugada no Porto.
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Por Carlos Rodrigues
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