Faz hoje 3 anos que a Rússia invadiu a Ucrânia, dando início a uma guerra que está a mudar o Mundo. Nos primeiros dias, parecia tratar-se de uma operação militar relativamente fácil para Moscovo - curiosamente, a expressão, sempre usada pelo círculo de Putin, de “operação militar especial”, morreu por si própria e caiu no esquecimento. Chegou a haver militares russos muito perto da capital ucraniana, o que reforçou a ideia de que o gigante ia engolir o país vizinho à custa da força bruta, do horror e de massacres, como em Bucha e Irpin, nomes que não devemos esquecer. O apoio militar, financeiro e político dos Estados Unidos e da Europa, em conjunto com as sanções económicas à Federação Russa, equilibraram o conflito e prolongaram as hostilidades. O ocidente democrático contra o poder autocrático de Putin, por interpostos ucranianos - eis o que estava a ocorrer até há bem pouco tempo, consubstanciado na frase de Zelensky nas primeiras horas de invasão, perante o convite ocidental para se exilar: “Preciso de armas, não preciso de uma boleia para fugir.” Todo um programa de vida, toda uma ideia de nação. Três anos depois desses dias em que estávamos a caminhar no desconhecido, a Rússia parece ter conquistado ideologicamente o centro do poder americano, o homem mais poderoso do Mundo elogia Putin e destrata Zelensky, e a Europa vê-se com a guerra nos braços.
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Por Carlos Rodrigues.
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