Carlos Rodrigues
DiretorO debate do Programa do Governo foi a primeira montra da enorme dificuldade que vai enfrentar o próximo líder do PS. Entre a necessidade de se conseguir impor ao ruído provocado pelo Chega e o imperativo de mostrar capacidade de negociar com o Governo, é muito estreito o caminho de José Luís Carneiro. Curiosamente, o resultado do barómetro que publicamos hoje, o primeiro depois das eleições do mês passado, dão pistas essenciais sobre qual o espaço onde o novo PS pode vir a posicionar-se.
É evidente que o tema da imigração ganhou uma importância fulcral para a comunidade. Isso seria sempre uma inevitabilidade, a partir do momento que entrou mais de um milhão de pessoas em Portugal, na maior vaga migratória da nossa História, acima até do regresso de portugueses das antigas colónias, após o 25 de Abril. Mas apesar do foco atualmente colocado neste tema, essa não é a única preocupação dos portugueses. Longe disso. Como podemos ver na página 6, a saúde e a habitação aparecem, inclusivamente, à frente da imigração como maiores preocupações do eleitorado, e a economia, a justiça e a educação também são referidas. É na fiscalização do Governo nestas matérias e na construção de alternativas viáveis que o próximo secretário-geral dos socialistas pode contrariar o destino que parece traçado para o seu partido. As notícias da morte do PS parecem, por isso, ser claramente exageradas.
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Por Carlos Rodrigues.
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