Dilma Rousseff convenceu-se um dia de que havia de ganhar a maratona que é o seu processo de ‘impeachment’ sem ter percebido que nem com doping seria capaz de cortar a meta.
A presidente brasileira afastada insiste em negar responsabilidades na derrapagem das contas públicas, da mesma forma que recusa culpas na delapidação dos recursos destinados a programas sociais de que tanto o seu PT – e sobretudo o de Lula – se vangloriou. Ao negar isto e tudo o resto, Dilma pensa ter encontrado o caminho que a transformará numa maratonista vitoriosa. Mas Dilma não vai subir ao pódio. Nem mesmo depois do derradeiro ‘sprint’ que será a divulgação da ‘Carta aos Brasileiros’, na qual promete apoiar a "convocação de um plebiscito" com o objetivo de "definir a realização de novas eleições e a reforma política".
Ao prometer agora aquilo que foi incapaz de cumprir em cinco anos, Dilma transforma-se numa política ridicularizada pela maioria dos brasileiros. E arrisca-se a acabar a maratona a correr no sentido inverso da meta. E a achar que os outros – de Michel Temer, que a substitui interinamente no Palácio do Planalto, aos seus antigos camaradas do PT, que a abandonaram – é que vão no sentido errado.
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