A execução a sangue-frio de Rafael Lourenço na Póvoa de Varzim não deve ser vista como um caso isolado, mas sim como um alerta. Há muito que se sabe que Portugal é porta de entrada para o tráfico de droga na Europa, mas agora fica, mais uma vez, demonstrado que redes criminosas internacionais estão não só a operar no nosso território, como a enraizar-se de forma profunda. Rafael era procurado no Brasil, onde liderava um grupo violento, envolvido em disputas com o Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa naquele país. Tinha um alerta na Interpol, mas ainda assim conseguiu entrar em território português. Como o fez é ainda uma incógnita.
Este homicídio foi cometido em plena via pública, numa zona residencial e, por esta altura do ano, cheia de turistas. Um crime revestido de violência extrema, que não é de todo comum. Mais do que reforçar a capacidade de reação, é urgente apostar na prevenção e antecipação. Há um mês Portugal e o Brasil assinaram um protocolo para combater este tipo de crime organizado. É um passo positivo, é um facto, mas não podemos cair no erro de que tudo se resuma a uma assinatura e nada salte do papel. Caso contrário, arriscamos ter um país transformado em terreno fértil para este tipo de grupos violentos.
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