O curso da morte foi interrompido naquela tarde de sábado de há exatamente 70 anos, a 27 de janeiro de 1945, quando os militares de uma divisão ucraniana do Exército Vermelho conseguiram finalmente entrar no campo de concentração nazi de Auschwitz-Birkenau, na Polónia – onde tinham sido executadas cerca de milhão e meio de pessoas, judeus na sua vasta maioria. 70 anos depois, os relatos desse horror ecoam ainda como uma destituição da humanidade, uma tentativa de extermínio da Razão e uma memória do tempo em que o Mal, organizado e destemido, tomou conta da Europa – o lugar que se julgava ser "o centro da civilização" da época. Nem riqueza, nem cultura, nem conhecimento, nada impediu esse ciclo terrível em que a humanidade abdicou de si própria para se dedicar à destruição e ao assassínio em massa.
Citação do dia
"Os gregos quiseram experimentar além dos partidos tradicionais. Não foram ao engano"
Luciano Amaral, ontem, no CM
Sugestão do dia
Há muito aguardado, o livro António Ferro, o Inventor do Salazarismo, do jornalista Orlando Raimundo, sai em março na Dom Quixote. De como o regime construiu a sua imagem, o seu mito e os seus símbolos.
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